O aumento do salário mínimo, indo de R$ 1.320 para R$ 1.412, terá um impacto de R$ 4,33 bilhões nas finanças municipais, aumentando a crise financeira enfrentada pelas prefeituras, de acordo com análise divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
A CNM destaca que as prefeituras, especialmente as de cidades menores com menor capacidade de aumentar a arrecadação, sentirão o impacto do reajuste. Cerca de 2,3 milhões de funcionários municipais, recebendo até um salário e meio, serão afetados pelo novo valor, aplicável a todos os trabalhadores do setor público e privado, aposentados e pensionistas a partir de 1º de janeiro de 2024.
Minas Gerais, Bahia e Ceará concentram o maior número de servidores municipais que recebem até 1,5 salário mínimo, representando um terço do total do país. Em comparação, Acre, Amapá e Rondônia têm a menor concentração desses servidores.
O professor de Economia da UnB, Roberto Piscitelli, considera o ganho real como uma conquista importante para os trabalhadores, enquanto o professor Benito Salomão observa que o reajuste, embora abaixo do previsto pela LDO, proporciona um ganho real relevante para os trabalhadores. O economista Newton Marques destaca que o governo ultrapassou a inflação do período com o reajuste de 6,85%, seguindo a nova regra baseada no crescimento do PIB de dois anos anteriores mais o reajuste da inflação.