O prefeito Eduardo Braide demitiu sumariamente, na tarde desta terça-feira, 30, o secretário de Cultura de São Luís, Marco Duailibe.
Ele chamou Marquinho, como é conhecido, em seu gabinete e anunciou a exoneração.
A exoneração de Marco Duailibe acontece em meio a denúncias sobre a contratação da escola “Juju e Cacaia Tu és uma bênção”, localizada na Cidade Olímpica, pelo valor de R$6,9 milhões, para a execução do projeto “Carnaval de São Luís 2024″, assim definido: ‘Pré-Carnaval Circuito Cidade do Carnaval; Carnaval Circuito Cidade do Carnaval; Carnaval da Madre Deus; Carnaval de Passarela de São Luís 2024; Apuração das notas dos desfiles da Passarela do Samba; Baile da Corte Momesca; e São Luís Gospel’.
O valor total do contrato é de R$ 6.996.731,60, sendo o documento é assinado pelo secretário Marco Duailibe e pela presidente do instituto, Aline Mayara Silva Messias.
A instituição tem como principal atividade registrada a de “associações de defesa de direitos sociais”. E nas atividades restantes: organizações associativas ligadas à cultura e à arte’ e ‘atividades associativas não especificadas anteriormente’ [CNAE Secundário 9499-5/00].
Em relação atividade econômica, a principal registrada é de Educação Infantil / Pré-escola.
A escola funciona com o calendário regular e promove a integração dos pais em algumas ações realizadas com os alunos durante ano letivo.
Forte atuação na Cultura – Braide escolheu Marco Duailibe para conduzir a cultura do município por sua forte atuação na cultura de São Luís, sendo compositor de escola de samba, bloco tradicional, bloco organizado e bloco afro, além de grupos de bumba meu boi.
Estranho – A demissão de Marco Duailibe levanta uma questão que deve ser avaliada. O contrato da Prefeitura de São Luís com a escola da Cidade Olimpica, por meio da secretaria da Cultura, como se pode observar, é para executar praticamente todo o Carnaval de São Luís, inclusive o pré-carnaval.
Teria Marco Duaillibe autonomia para autorizar, de fato, um projeto de tamanha envergadura, sem o consentimento e a autorização do prefeito Eduardo Braide?
Mais fácil acreditar que como o escândalo veio à tona, e sentindo que ia ser atingido em cheio nesse bom momento que atravessa, com quase 70% de aprovação de sua gestão, Braide não tenha tido outra alternativa que não sacrificar seu secretário de cultura, que jamais assinaria o que assinou sem o consentimento do comando maior do Palácio La Ravardière.
Fora isso, tem emenda do deputado irmão de Braide destinando um bom dinheiro para a instituição.