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O Governo do Estado  abriu, na manhã desta terça-feira, 21, o I Congresso de Saúde Coletiva do Maranhão e III Mostra Científica da SES/MA, no auditório Darcy Ribeiro, no Multicenter Sebrae, em São Luís (MA).

Nordman Wall, presidente da FAPEMA; Catarina Bogéa, diretora científica da Escola de saúde pública do Maranhão; Hugo, secretário adjunto de administração e engenharia da SES; Ana Lúcia, diretora administrativa da ESP; Déborah Campos, secretária adjunta da política de atenção primária e vigilância em saúde (Foto: Israel Pontes)

O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Escola de Saúde Pública do Maranhão (ESP/MA), destaca o tema “Gestão, acolhimento, diversidade e inclusão no SUS”.

De caráter técnico científico, o Congresso  destina-se à divulgação de pesquisas científicas e práticas exitosas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) realizadas no estado.

Mais de duas mil inscrições foram confirmadas. No total, 452 submissões de trabalhos, sendo 395 aprovadas pela organização do evento, e distribuídas nas modalidades banner (236) e comunicação oral (159).

A programação do evento segue até quarta-feira, 22, com o lançamento do projeto Cuidar de Todos – Telemedicina, e o acolhimento estadual dos profissionais do programa Mais Médicos, do Governo Federal.

“Estamos indo além dos diagnósticos e tratamentos. Estamos envolvendo vidas, histórias e experiências que merecem ser ouvidas, respeitadas e valorizadas. Por isso, esse é um evento que expressa nosso desejo genuíno de efetivar mudanças reais no campo da saúde pública”, afirma Catarina Bogea, diretora cientifica da Escola de Saúde do Estado do Maranhão.

Com objetivo de expandir os diálogos interseccionais sobre bem-estar, coletivo e considerando a diversidade como estratégia de política inclusiva, está programada a roda de conversa “Saúde da população LGBTQIAPN+: direto, acolhimento e acesso no SUS.

“É fundamental compreender as múltiplas identidades que compõem o tecido social do nosso estado para construir estratégias e políticas inclusivas que atendam às necessidades de todos. Se não nos voltarmos com a devida sensibilidade para cada indivíduo, cada comunidade, estaremos falhando no cumprimento do princípio de equidade no Sistema Único de Saúde”, afirma Catarina.

Estão programadas, ainda, as palestras “Integração ensino, serviço e comunidade; as mesas redondas “Residências em Saúde”, “Planificação da Atenção à Saúde: uma metodologia de gestão para organização das Redes de Atenção à Saúde e “Inclusão no SUS: como fazer?”.

Ainda na programação haverá roda de conversa sobre “Cartografia da Juventude: um olhar para a integralidade da saúde de jovens da periferia”; a mesa redonda “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde como dispositivos de inclusão no SUS, e também a solenidade de premiação.

Catarina Bogéa, diretora Científica da Escola de Saúde do Estado, falou a O INFORMANTE

Qual é a importância de transformar ideias em ações práticas no contexto da saúde pública? Como esse evento pretende estimular a implementação de soluções inovadoras e eficazes?

Este congresso se apresenta como um momento propício para não apenas debater, mas para transformar ideias em ações. Queremos construir pontes sólidas entre a teoria e a prática, unindo forças para garantir que a saúde seja um direito universal, alcançável por todos, e que abarque os sujeitos em sua integralidade.

Em sua opinião, como este evento pode desencadear mudanças significativas no Sistema Único de Saúde (SUS)? De que forma os participantes e as discussões têm o potencial de contribuir para um SUS mais inclusivo, justo e acolhedor?

Cada debate, cada apresentação de trabalho e cada conexão estabelecida aqui é um passo firme em direção a um SUS mais justo, inclusivo e acolhedor. Esta é uma oportunidade para desafiarmos a nós mesmos, profissionais e cidadãos, a sermos melhores e a contribuirmos ativamente para o fortalecimento do sistema de saúde como um todo.

O secretário adjunto de Administração e Engenharia da SES, Hugo Ferro, ressaltou o papel da produção científica para as políticas públicas. “Temos avançado muito, e, baseado em estudos e trabalhos como esses, nós vamos desenvolver políticas públicas que vão atuar, de forma muito específica, a públicos também específicos. Iremos otimizar o recurso público, respeitando todos os atores e desenvolvendo uma política pública de saúde de qualidade”, afirmou.

“Quero parabenizar todas as pessoas e instituições envolvidas, porque nós estamos dizendo que se faz ciência dentro do SUS. Nós temos trabalhos inscritos por trabalhadores e profissionais, e isso é muito bom, é muito especial. É a partir daí que a gente altera processos de trabalho, rever as práticas e cuida das pessoas. Nós esperamos que na próxima Mostra e Congresso tenhamos mais trabalhos e pessoas participando”, destacou a diretora administrativa da Escola de Saúde Pública do Maranhão (ESP/MA), Ana Lúcia Nunes.

Diretora Administrativa da Escola de Saúde, Ana Lúcia Nunes

Os palestrantes da Aula Magna, a coordenadora de Gestão e Apoio Estratégico da Atenção Primária do Ministério da Saúde, Thais Alessa Leite, e o coordenador Nacional da Associação Rede Unida, Alcindo Ferla, destacaram a iniciativa.

“Nós desejamos que esse momento seja permanente e que possa ocorrer sistematicamente. É um momento de troca, de conexão dos vários atores do estado, já que falamos de um Estado com mais de 200 municípios”, pontuou Thais Alessa Leite.

O coordenador Nacional da Associação Rede Unida, Alcindo Ferla, ressaltou a aproximação do sistema de saúde e a produção e sistematização de conhecimento. “Essa aliança precisa existir o tempo inteiro; o mundo, trabalho e saúde, o mundo da educação e saúde e o mundo da ciência e tecnologia. Eu acho que essa é a questão. Não me espanta que aqui no Maranhão vocês estejam carregando essa bandeira, porque eu já aprendi que aqui vocês tornaram inovação no sistema cotidiano, e é isso que desenvolve o SUS. Isso é que faz com que a vida das pessoas valha mais”, afirmou.

A programação do evento segue até esta quarta-feira, 22, com o lançamento do projeto Cuidar de Todos – Telemedicina, e o acolhimento dos profissionais do programa Mais Médicos. Além disso, ocorrerá a roda de conversa sobre “Cartografia da Juventude: um olhar para a integralidade da saúde de jovens da periferia”; a mesa redonda “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde como dispositivos de inclusão no SUS”, e ainda a solenidade de premiação.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Luís, Juliane dos Santos, é uma das participantes inscritas para apresentar o trabalho “Estratégia de Coleta e Análise de Informações Referente às Ações de Educação em Saúde Realizada pelo Controle Vetorial em São Luís”.

“Nós desenvolvemos uma forma de acompanhar as atividades educativas realizadas junto à população. A partir disso, nós conseguimos acompanhar os indicadores de educação e saúde do controle vetorial. É muito gratificante escrever como ocorreu todo esse trabalho para apresentar em um evento científico”, afirmou Juliane.

Participaram ainda do evento o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Nordman Wall, e representando reitor da Universidade Federal do Maranhão, Fernando Carvalho, a responsável pela Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização, Flávia Raquel Fernandes do Nascimento, além da secretaria adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.

 

 

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