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O levantamento do estudo ‘Pele Alvo: a bala não erra o negro’, divulgado nesta quinta-feira, 16, conduzido pela Rede de Observatórios e baseado em informações das secretarias de segurança pública obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelou preocupações com a ausência de registros precisos.

O estudo revelou a negligência do Maranhão, entre outros estados (Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo), em fornecer dados sobre a cor das vítimas em mortes por intervenção policial.

Dos 3.171 casos analisados, os pesquisadores identificaram que 87,35% das vítimas eram pretas, totalizando 2.770 pessoas.

Contudo, a falta de dados sobre a cor das vítimas em 1 a cada 4 ocorrências entre as 4.219 investigadas chamou atenção.

No contexto do Maranhão, a negligência na coleta dessas informações persiste há pelo menos três anos em 92 casos de mortes decorrentes da ação policial, onde não há dados sobre a cor das vítimas.

A ausência dessas informações foi destacada como um problema grave pela Rede de Observatórios, apontando que essa lacuna prejudica significativamente a compreensão das desigualdades no perfil das vítimas de violência policial.

A mesma preocupação foi levantada em relação aos estados do Ceará e Pará, onde apenas uma parcela reduzida dos registros possui informações sobre a cor das vítimas – 30,26% no Ceará e 33,75% no Pará.

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