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O horário de verão, uma medida que gerou já fervorosos defensores e críticos no Brasil, provocando debates acalorados por muito tempo, agora permanece no passado.

Enquanto alguns celebravam o estiramento das tardes ensolaradas para desfrutar de esportes ou happy hours, outros lamentavam as manhãs mais escuras, resultado do adiantamento de 1 hora nos relógios, especialmente aqueles que madrugavam para o trabalho.

Entretanto, além das preferências pessoais, havia justificativas técnicas para a implementação dessa medida, que vigorou de forma consistente no país de 1985 até 2018.

Contudo, em 2019, Jair Bolsonaro decidiu abolir o horário de verão, e em 2023, mesmo com uma nova administração, não há indícios de sua possível retomada.

O Ministério de Minas e Energia, respaldado pela sua área técnica, assim como pelo próprio ministro, sustentam que, por ora, não existe a necessidade de mexer nos relógios, especialmente devido às atuais condições favoráveis no fornecimento de energia no país.

Isso se deve ao planejamento sólido implementado desde o início da gestão.

Conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios permanecerão acima dos 70% em setembro na maioria das regiões, garantindo estabilidade ao sistema.

Em contraste, em setembro de 2018, último ano de vigência do horário de verão, a EAR nos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais cruciais do país, estava em míseros 24,5%. Este ano, esse valor encontra-se em robustos 73,1%.

Outro elemento relevante é o crescimento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, impulsionado pelo maior aproveitamento de usinas eólicas e solares, tornando a discussão sobre a reintrodução do horário de verão ainda mais distante.

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