Natural de Viana, o médico maranhense Roland Montenegro, de 70 anos, radicado em Brasília, é uma das vítimas do acidente aéreo desse sábado, 16, na cidade de Barcelos, interior do Amazonas, que deixou 14 pessoas mortas.
Roland era irmão do policial federal Laércio Gomes Costa, que foi subsecretário de Aluísio Mendes na Secretaria da Segurança Pública e hoje o assessora na Câmara Federal, em Brasília. Também trabalhou no antigo GTA (Grupo Tático Aéreo). O médico era também primo de segundo grau do cantor e compositor Rogério Du Maranhão e do ex-radialista Rubinho Jones (já falecido). E era sobrinho de 2° grau do ex-prefeito de Viana e ex-procurador de justiça do MPE José Pereira Gomes.
A queda do avião, PT-500, um bimotor turboélice, aconteceu durante uma excursão turística de pesca esportiva, às margens do Rio Negro.
Nascido em Viana, na baixada do Maranhão, Roland Montenegro se graduou em medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em 1978, marcando o início de uma carreira médica de destaque.
Especializado em cirurgia do aparelho digestivo, ele conquistou reconhecimento como um dos pioneiros em transplantes na capital do país, Brasília. Após sua aposentadoria do Hospital de Base do Distrito Federal, o médico continuou ativo em sua área, atendendo em seu consultório particular e realizando cirurgias em diversos hospitais da região.
Além de suas realizações na medicina, Roland Montenegro deixa para trás uma família de quatro filhos.
O acidente aéreo, que vitimou 12 passageiros e dois membros da tripulação, está sendo investigado pelas autoridades competentes.
Lista de passageiros mortos:
Euri Paulo dos Santos
Fábio Campos Assis
Fábio Ribeiro
Gilcresio Salvador Medeiros
Guilherme Boaventura Rabelo
Hamilton Alves Reis
Heudes Freitas
Luiz Carlos Cavalcante Garcia
Marcos de Castro Zica
Renato Souza Assis
Roland Montenegro Costa
Witter Ferreira de Faria
Tripulantes:
Leandro Souza – piloto
Fernando Galvão – copiloto
A aeronave – O avião que caiu no Amazonas é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante” da Embraer. Esse tipo de aeronave, propulsada por hélices, geralmente é utilizado em rotas mais curtas e em pistas menos adequadas para aeronaves maiores. O EMB-110 “Bandeirante” é versátil, atendendo tanto a fins civis quanto militares, com capacidade para 18 passageiros. Ao longo de 18 anos, de 1973 a 1991, foram produzidas 498 unidades desse modelo, com a maioria permanecendo no Brasil, enquanto outras 245 foram vendidas para diferentes países.
A aeronave continua em operação com cerca de 320 unidades ainda voando atualmente.
O nome “Bandeirante” foi atribuído a essa aeronave pelo Coronel Paulo Victor, diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em homenagem aos bandeirantes, os exploradores que desbravaram os sertões brasileiros. A produção do “Bandeirante” encerrou-se no final de 1991, com a última aeronave desse modelo sendo entregue ao Governo da Amazônia em 1995.
Senador Weverton lamenta – O senador Weverton Rocha lamentou a morte do médico Roland Montenegro.
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