-->

Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), com base em dados do IBGE, revelou uma tendência preocupante para os brasileiros que investiram em educação nos últimos dez anos. Aqueles que estudaram mais e conquistaram diplomas de ensino médio ou superior enfrentaram uma queda acentuada nos rendimentos e um aumento significativo na informalidade no mercado de trabalho.

A pesquisa aponta que jovens e adultos que estudaram de 12 a 16 anos, ou até mais, enfrentaram perdas de renda mais acentuadas em comparação com os menos escolarizados. Além disso, a informalidade no emprego também aumentou entre esse grupo e entre pessoas que estudaram de 9 a 11 anos.

Isso reflete uma economia que predominantemente cria empregos de baixa qualidade e produtividade, empurrando os trabalhadores mais escolarizados para ocupações que pagam menos e que frequentemente são informais. Essa situação compromete o potencial de crescimento do país.

Os dados mostram que a vantagem em termos de rendimento para quem estudou mais de 16 anos em relação aos que passaram menos de um ano na escola diminuiu significativamente. Em 2012, o retorno positivo da educação na renda chegava a 641%, mas no segundo trimestre de 2023, esse prêmio havia diminuído para apenas 353%.

Para aqueles com 12 a 15 anos de estudo, o percentual caiu de 193% para 102% no mesmo período. Os rendimentos médios também diminuíram, com uma queda de -11,2% para aqueles que estudaram entre 12 e 15 anos e de -16,7% para aqueles que estudaram 16 anos ou mais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *