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Em uma reunião surpresa por Zoom com membros do governo brasileiro, Elon Musk, o bilionário proprietário do Twitter, demonstrou uma posição surpreendentemente indiferente em relação às “postagens golpistas” que surgiram na plataforma após os eventos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro convocaram protestos e incitaram a violência. Musk, embora tenha demonstrado preocupação com a situação no Brasil em conversas anteriores, não se comprometeu a tomar medidas contra as postagens que claramente violavam as políticas da plataforma.

A advogada Estela Aranha, que mais tarde foi nomeada assessora especial de direitos digitais do Ministério da Justiça, enviou mensagens ao Twitter alertando sobre a proliferação de conteúdo golpista após os eventos de 8 de janeiro. Ela argumentou que o Twitter não estava fazendo moderação de conteúdo de maneira eficaz e pediu ação urgente.

Na reunião com representantes do governo brasileiro, Musk se apresentou como dono do Twitter e SpaceX. O governo expressou preocupações com a falta de ação do Twitter em relação às postagens que violavam suas próprias regras. Musk respondeu enfatizando a importância da liberdade de expressão e sugeriu que a empresa continuaria seguindo a lei, mesmo que discordasse das decisões judiciais de um “determinado juiz”, em referência ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que havia determinado a remoção de conteúdo.

Embora Musk tenha demonstrado preocupação com o cenário eleitoral no Brasil em conversas anteriores, sua postura na reunião com o governo brasileiro surpreendeu, pois ele não se comprometeu a tomar medidas contra as “postagens golpistas”.

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