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Um estudo conduzido pela UFRJ revelou que aproximadamente 38 milhões de brasileiros enfrentam o estresse térmico devido às condições climáticas. Esse fenômeno ocorre quando o calor eleva a temperatura corporal e dificulta a manutenção do ideal de 36,5°C para o organismo humano.

No contexto atual, em que o Brasil está experimentando uma intensa onda de calor, quatro capitais das regiões sul e sudeste – Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro – registraram no domingo (24) as temperaturas mais altas do ano, conforme dados do Instituto de Meteorologia (Inmet).

A pesquisa liderada pela professora Renata Libonati, do Laboratório de Análise Socioambiental e Geoprocessamento (Lasa/UFRJ), tinha como propósito analisar o estresse térmico na América do Sul ao longo das últimas quatro décadas.

Por meio de índices bioclimáticos, o estudo levou em conta diversos fatores, como temperatura, umidade do ar e vento, para calcular os níveis de estresse térmico. O enfoque foi nas 31 principais cidades sul-americanas com mais de 1 milhão de habitantes, incluindo 13 do Brasil. Os resultados indicaram um aumento contínuo no número de horas de estresse térmico nessas regiões, algumas com registros de até 12 horas ou mais consecutivas acima dos níveis ideais.

Esse aumento na temperatura corporal pode acarretar problemas de saúde, desde dores de cabeça e cansaço até complicações graves, especialmente para aqueles que já possuem condições médicas pré-existentes, como problemas cardiovasculares. A professora Renata Libonati ainda compartilhou projeções obtidas pelo estudo, indicando que o estresse térmico aumentou significativamente nos últimos 40 anos e que essa tendência provavelmente persistirá nas próximas décadas.

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