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A rápida evolução da Inteligência Artificial (IA) está transformando profundamente o cenário profissional em todo o mundo. Da medicina à agricultura, da indústria automobilística à educação, a ferramenta tem demonstrado grande potencial para otimizar processos, melhorar a eficiência e até mesmo promover significativas mudanças em algumas profissões. É disto que trata a pesquisa: “Big Data e Métodos Digitais Protocolo de Análise Textual em Grandes Volumes Usando Inteligência Artificial para Pesquisadores de Humanas e Sociais Aplicadas”, do professor e coordenador do Programa de Pós-graduação Profissional em Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Márcio Carneiro dos Santos.

Márcio Carneiro dos Santos, coordenador da pesquisa

O trabalho apresenta um recorte deste impacto para as profissões nestas áreas, explorando o uso da inteligência artificial e Big Data, avaliando como os professores, educadores, comunicadores e pesquisadores podem utilizar essas tecnologias, não sendo treinados na área de Ciências Exatas e afins. A proposta do estudo é criar um meio facilitador para que estes segmentos possam utilizar estas ferramentas.

O estudo obteve apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), e entrará agora em nova fase.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, destacou que, entre os objetivos da Fapema, está o de impulsionar estudos “que não apenas ampliam horizontes acadêmicos, mas também facilitam o acesso às tecnologias de vanguarda”.

Basicamente, o trabalho trata de metodologia para estudar e avaliar o desempenho de robôs, do tipo ChatGpt, entre outros, classificados na subárea da Inteligência Artificial Generativa (IAG).

“É uma ferramenta para que pesquisadores possam operar, de forma científica, com os modelos de geração de linguagem, a exemplo do ChatGpt e muitos outros. O diferencial é saber manusear e tirar o máximo dessas ferramentas. E é o que proponho na pesquisa, uma maneira de aprender e utilizá-la a seu favor”, explicou Márcio Carneiro.

O trabalho inclui, além da parte teórica, a promoção de oficinas práticas, exemplificando formas mais específicas na aplicação destas ferramentas. “A ideia é orientar na personalização do uso destas tecnologias digitais, para obtenção de um resultado mais direcionado e preciso”, ressaltou o professor.

O estudo resultou na elaboração de um protocolo, que orienta pesquisadores na utilização de grandes quantidades de dados. O procedimento foi divulgado em vários periódicos acadêmicos e uma das ferramentas criadas pelo projeto foi uma classificação de origens de dados e das formas de abordar e coletar dados a partir de cada uma delas, tais como portais públicos de transparências, de plataformas de mídias sociais e de sites, cujas abordagens são diferentes.

“Devemos ter em mente que, a inteligência artificial está promovendo uma verdadeira revolução em diversas profissões, impulsionando a eficiência, precisão e inovação em setores-chave da economia global. Acredito que o futuro reserva um cenário desafiador, no qual a colaboração entre a inteligência humana e a artificial tem o potencial de transformar, ainda mais, a maneira como vivemos e trabalhamos. Nesse sentido, este projeto e outros, relacionados à fronteira entre comunicação e tecnologia, que temos realizado no LABCOM, há mais de 10 anos, têm sido financiados pela Fapema, consolidando uma parceria que nos permite avançar e vislumbrar projeção nacional e avanço da pesquisa maranhense”, concluiu o professor Márcio Carneiro.

Os resultados preliminares e alguns artefatos teóricos, já advindos do atual projeto de pesquisa, têm sido divulgados em publicações nacionais e internacionais. Entre estas, a revista Hipertext.net, publicação da Universidade de Pompeu Fabra, em Barcelona, Espanha. O periódico é considerado nível ‘A2’, na classificação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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