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Morreu nesta quarta-feira, 9, num confronto com a polícia no município de Sítio Novo, durante uma operação da Polícia Civil a cargo da Delegacia Regional de Presidente Dutra (MA), o perigoso assaltante de bancos, cargas e matador de aluguel José Vieira da Cruz, conhecido como ‘Mansidão’, 59 anos, envolvido em vários crimes no Maranhão e outros estados. Mansidão morreu em companhia de um parceiro identificado como ‘Nego Francisco’, também envolvido em vários crimes no estado.

Os dois estavam em uma casa no município de Sítio Novo, e reagiram a uma investida da Polícia, que tentava cumprir um mandado de prisão expedido pela Justiça contra Mansidão. Em poder dos dois a polícia encontrou armas e munições.

De acordo com as investigações, Mansidão, ‘Nego Francisco’ e um terceiro homem estavam na cidade para realizar um assalto à Sicob, um posto de atendimento da Cooperativa de Crédito Rural da Região Sul do Maranhão (CREDISUL) inaugurado em 2015 naquele município.

Na operação, a Delegacia Regional de Presidente Dutra contou com o apoio da Regional de Barra do Corda, Inteligência da Polícia Civil e CTA (Centro Tático Aéreo). Todo o trabalho de investigação para localizar Mansidão foi feito pela Polícia Civil do estado.

Muitos crimes – No rol de homicídios de Mansidão, um, em particular, teve grande repercussão no Maranhão. No dia 22 de dezembro de 2008, no município de Barra do Corda, ele participou, juntamente com o comparsa Nilton Weiss, do assassinato, em Barra do Corda, do advogado Almir Silva Neto, que tinha 41 anos. O corpo do advogado foi encontrado carbonizado no interior do carro dele, um Fiat Uno. O veículo foi abandonado e incendiado na saída da cidade, na direção de Presidente Dutra.

Tiro e incineração – Segundo a polícia, o cadáver foi achado por volta de 1h da madrugada e, embora estivesse carbonizado, os legistas apontaram que Almir Neto havia sido morto a tiros. Almir era filho de José Freitas da Silva e de Iolanda Nepomucena Silva, tabeliã e dona do cartório de Barra do Corda.

Crime de encomenda – O crime foi elucidado e o autor intelectual, o empresário Normam Gonçalves de Sá, que contratou ‘Mansidão, foi condenado a 26 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Barra do Corda. Ele chegou a recorrer da sentença, mas os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) rejeitaram o recurso por unanimidade.

Segundo apurou O INFORMANTE, o advogado assassinado estaria tendo um caso extraconjugal com a esposa do empresário Normam, proprietário de postos de gasolina na região central do estado. Mansidão foi preso em janeiro de 2-009, no município de Governador Eugênio Barros (MA) e transferidos para Barra do Corda.

José Vieira da Cruz, o “Mansidão”, tinha passagens pela polícia por assassinatos e por assalto a bancos, tendo participado das explosões das agências do Banco do Brasil de São Domingos e Governador Archer, no Maranhão. Por esses crimes, ele foi preso e autuado em flagrante, mas ficou preso pouco menos de 1 mês.

Mansidão era envolvido com assaltos de cargas e teria um homicídio em São Luís. Ultimamente, de acordo com as investigações, estaria cometendo crimes de extorsão contra empresários na região de Barra do Corda. Era também suspeito de envolvimento no assassinato recente do advogado Joaquim Avelino Sobrinho Filho. morto a tiros no dia 15 de junho, na zona rural do município de Gonçalves Dias. Joaquim Avelino estava chegando em sua chácara em um Corolla, placas PTY-7H91, quando foi executado. Joaquim já havia sido preso por participação a um assalto a uma agência do Banco do Brasil na cidade de Dom Pedro. Ex-funcionário do banco, em Gonçalves Dias, Joaquim teria passado informações para os assaltantes que explodiram e roubaram a agência de Dom Pedro, o que resultou em sua prisão em 2018.

No assalto, os ladrões trocaram tiros com policiais e fuzilaram a delegacia e o quartel da Polícia Militar da cidade. Eles fugiram em um caminhão que usaram para bloquear a BR-135 e espalharam vários ferros na via para dificultar a perseguição policial.

Suspeito – Um dos mortos no confronto dessa quarta-feira em Sítio Novo, ident1ificado como “Nego Francisco”, também estaria envolvido, junto com Mansidão, na execução do advogado em Gonçalves Dias.

Como Mansidão estava com ordem de prisão, a Polícia Civil montou a operação para prendê-lo. O cerco foi feito em uma casa em Sítio Novo, onde ele estava com ‘Nego Francisco’ e um terceiro homem, que fugiu. Mansidão e ‘Nego Francisco’ morreram na troca de tiros.

 

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