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A Justiça do Maranhão decidiu pela retomada imediata do acompanhamento psicológico aos pais de Yasmin Gomes Campos, uma das jovens que faleceu no incêndio do Rio Anil Shopping em 7 de março deste ano, em São Luís (MA).

Segundo a decisão, os custos do tratamento devem ser arcados pelo Rio Anil Shopping, Br Malls Participações S.A e Cinesystem S. A., réus na ação de indenização por danos morais e materiais ajuizada pelos familiares da vítima.

A decisão do juiz Pedro Henrique Holanda Paschoal, auxiliar da 10º Vara Cível, atendeu pedido de tutela provisória antecipada e deve ser cumprida de imediato, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 1.000,00.

Segundo relatado na ação, todos os membros da família sofreram enorme abalo psicológico com o falecimento de Yasmim Gomes Santos no incêndio do Rio Anil Shopping. Em princípio, a empresa prestou assistência, disponibilizando a psicóloga Carlizeth Melo (CRP – 22/01419) por seis sessões aos pais da jovem, Cláudio e Alessandra; e quatro aos irmãos de Yasmim, Brenno e Bruno.

Concluídas as sessões, Alessandra Gomes Campos, mãe da vítima, permaneceu em estado de prostração, apresentando sintomas de pânico generalizado, sem sequer poder realizar tarefas simples do cotidiano. O sentimento de culpa da mãe que autorizou a ida da filha ao Cinesystem na tarde fatídica tem agravado seu quadro psicológico.

A tutela antecipada determina que o acompanhamento psicológico seja retomado com urgência a todos os membros da família até que sessem os sintomas.

Incêndio – Duas pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas no incêndio do Rio Anil Shopping, na tarde do dia 7 de março deste ano. Quatro meses depois do sinistro, há divergências sobre o laudo que apontou as causas do incêndio.

Laudo apresentado pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão indica que o princípio do incêndio ocorreu no local onde era aplicada uma manta asfáltica para vedação de goteiras no teto do shopping. Já o Instituto de Criminalística aponta que o incêndio foi provocado por uma pane no projetor do Cinesystem. A polêmica segue sob acompanhamento do Ministério Público do Estado do Maranhão.

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