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O presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec Dualibe, tem sido o porta-voz maranhense, permanente, em defesa da exploração da Margem Equatorial do Brasil, região que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, cujos estudos apontam potencial extraordinário das reservas de petróleo e gás no país. Das cinco bacias presentes no local, o Maranhão possui duas: Bacia Pará-Maranhão e Bacia de Barreirinhas.

Nos últimos meses, Dualibe foi fonte para publicações na imprensa nacional sobre o tema, que divide hoje no país os defensores do meio ambiente acima de qualquer desigualdade social e os desenvolvimentistas. Em diversos jornais de circulação em todo o Brasil, o professor universitário, que também é autor do principal estudo existente sobre o assunto – “Nota Técnica sobre a Margem Equatorial Brasileira: um novo pré-sal no Arco-Norte do território brasileiro?” – foi o primeiro a fazer duras críticas à ausência de debates técnicos e científicos. Neste período, o ex-diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) já participou de audiências públicas do Oiapoque (AP) a Brasília, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

O principal argumento do especialista é a importância que os recursos vultosos oriundos da exploração da região poderão ter no combate à pobreza que se concentra justamente onde existem imensas riquezas em óleo e gás. O estudo aponta números estratosféricos. Somente na Bacia do Pará-Maranhão, na eventualidade da descoberta de um campo com 400 milhões de barris, o aproveitamento poderia gerar, em 30 anos, R$ 14 bilhões de renda, equivalente a 12% do PIB do Pará e a 20% do PIB do Maranhão.

Ex-diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Allan Kardec divulgou ontem em suas redes o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Festival Power Our Planet, em Paris, enfatizando que o combate à desigualdade deve ter tanta prioridade quanto a questão climática.

“Sem reparos à fala do presidente Lula, em Paris, à frente dos maiores líderes mundiais! No momento em que se discute a questão da exploração de petróleo na Margem Equatorial, que é uma das maiores oportunidades que o Povo Amazônida tem, em séculos, de ter recursos vindo de seu próprio solo e mares, os países ricos querem nos impor uma agenda que é prioritariamente deles”, escreveu o presidente da Gasmar.

Sobre o tema, o governador Carlos Brandão comunicou, na última quarta-feira (21), durante a reunião do Conselho Empresarial do Maranhão, que vai participar da audiência com o presidente Lula, com a presença de todos os nove governadores da Amazônia Legal Margem Equatorial para um movimento defesa da exploração das riquezas da região.

Em Carta Aberta dos Governadores da Amazônia sobre as Pesquisas de Petróleo na Plataforma Continental, os chefes de Executivos afirmam “externar irrestrito apoio às pesquisas para produção de petróleo e gás natural na chamada Margem Equatorial brasileira, região que se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa, e tem potencial para garantir a demanda energética do país, que é a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas.”

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