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A péssima repercussão da medida fez com que o Palácio do Planalto ordenasse a sua suspensão


A decisão da Caixa Econômica Federal (CEF) de cobrar uma taxa sobre pagamentos feitos a pessoas jurídicas por Pix pegou o governo de surpresa. Nem mesmo a equipe do Ministério da Fazenda, ao qual o banco público é vinculado, foi informada previamente da medida.

A decisão de fazer a cobrança, embora aprovada em 2022 pela instituição financeira, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), e divulgada na época no site da CEF, não tinha sido ainda implantada. A atual diretoria do banco, já sob Lula (PT), tomou a decisão de começar a taxação a partir de julho.

A repercussão foi bombástica, já que atinge diretamente o bolso de pequenos comerciantes que recebem pagamentos por suas vendas através do Pix de clientes —justamente a classe média que o PT tanto quer conquistar.

A péssima repercussão da medida fez com que o Palácio do Planalto ordenasse a sua suspensão. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirma que a decisão final será tomada depois que Lula voltar de viagem à Europa.

A possibilidade de taxação do Pix, meio de pagamento amplamente usado pela população, foi usada já pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, maior opositor do governo, para alfinetar Lula.

Em abril, o então presidente Jair Bolsonaro divulgou números de transações por Pix no país e escreveu em seu Twitter: “Vale lembrar que o atual governo não descarta a taxação de mais esse meio oferecido”. (Mônica Bergamo – Folha).

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