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De acordo com o Ministério Público, o prefeito de Carolina, Erivelton Teixeira, teve um relacionamento com Rafaela Maria e a dopou para realizar um aborto em um motel sem o consentimento da vítima. A acusação também é feita pela Polícia Civil e o Ministério Público do Tocantins, em um processo em que o médico já é réu e que investiga o aborto ocorrido em 2017. Rafaela e Erivelton tinham um relacionamento amoroso com idas e vindas, mas Rafaela terminou o relacionamento quando descobriu que o médico era casado.

 

Depois que reataram, Erivelton teria feito o aborto em Rafaela, que denunciou o caso à polícia e afirma ter sido perseguida e ameaçada desde então. Ela vive fora do país como medida de segurança. Lindomar da Silva Nascimento, motorista de Erivelton na época do crime, também virou réu no caso. Rafaela guarda mágoas de como ele se beneficiou da cumplicidade no crime, tendo se tornado vereador e ganhado uma secretaria na prefeitura.

No dia do crime, Erivelton teria buscado Rafaela em casa para fazer um exame de ultrassonografia portátil, mas levou-a a um motel em Augustinópolis, onde a dopou e realizou o aborto com a ajuda de Lindomar. Eles deixaram Rafaela sozinha em casa no fim da tarde, mesmo estando debilitada por causa do procedimento. Há registros de mensagens trocadas entre Rafaela e Lindomar logo após ser deixada em casa, onde a vítima relata que o aborto foi feito sem o seu consentimento e que estava sentindo muita dor e medo. Lindomar teria dado orientações sobre medicação e alimentação e tranquilizado a vítima, informando que os sintomas eram normais.

A denúncia foi aceita pela Justiça do Tocantins, e Erivelton e Lindomar vão responder pelo crime de provocar aborto sem o consentimento da gestante, podendo ser condenados a até dez anos de prisão. A defesa dos acusados afirmou não ter sido notificada da ação penal e que confia em um veredito justo.

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