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Presidente perdoou e já se reencontrou com delatores que colaboraram para que ele fosse preso

O ex-ministro Antonio Palocci, ao ser preso pela Operação Lava Jato – Rodolfo Buhrer – 26.set.2016/Reuters

O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci está tentando se reaproximar de Lula. Ele procurou emissários do PT que tentam fazer uma ponte com o presidente da República.

Palocci e petistas que mantêm proximidade com ele buscaram, inicialmente, um encontro com amigos e assessores que estão entre os mais íntimos de Lula. Mas os interlocutores, até agora, rechaçaram a ideia.

Caso encontrasse Palocci, não seria a primeira vez que Lula reestabeleceria diálogo com um delator da Operação Lava Jato que colaborou com sua condenação à prisão.

Com Palocci, no entanto, o espírito seria outro. No entendimento de petistas, o ex-ministro não apenas delatou – mas teria inventado histórias mentirosas sobre Lula.

Amigos e interlocutores do ex-presidente afirmaram que o mandatário, no entanto, já estaria amolecendo seu coração.

As atitudes de Palocci, nesta análise, precisariam ser compreendidas a partir do contexto que ele vivia.

Além de condenado a 18 anos de prisão em um processo, o ex-ministro viu a Justiça bloquear os bens de sua filha e de sua enteada, que passaram a ser tratadas como investigadas.

A perspectiva que ele tinha de sair da prisão, na época em que Sérgio Moro comandava a Lava Jato,  seria, além disso, próxima de zero.

Polocci vive hoje em liberdade. Das três denúncias feitas contra ele à Justiça, uma foi trancada, a outra foi anulada e uma está suspensa.

Neste ano, o ex-ministro, que cumpria pena em regime aberto e usava tornozeleira, pôde finalmente dispensar o aparato de vigilância. (Mônica Bergamo – Folha).

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