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É evidente que estamos perdendo a guerra da preservação da Amazônia. Hoje o narcotráfico domina vastas áreas da região, o desmatamento corre solto e aumentando sempre, o garimpo ilegal vai poluindo e destruindo a floresta por dentro, as comunidades são obrigadas a cooperar e geralmente recebem ofertas de trabalho, onde ninguém mais as faz, e, na verdade, são obrigadas a aceitar. A Amazônia está sendo destruída, não há como negar.

O governo não tem dinheiro nem recursos para enfrentar. E os países que elegeram a Amazônia quase como um santuário prometem recursos que, quando chegam, são claramente insuficientes, o que revoltou o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando esteve nos Estados Unidos, em encontro com o presidente Joe Baden.

A necessidade de recursos é enorme, se quisermos a Amazônia completamente protegida. Não temos esses recursos, e quem tem precisa dele para atender demandas em seu próprio país.

Situação idêntica acontece com os Fundos Climáticos e as promessas de ajuda financeira de países poluidores para países pobres. Há anos prometem solenemente e o dinheiro nunca chega. Na Amazônia a prática é a mesma. E assim, mantido o atual estado de coisas, a Amazônia, em toda a sua imensidão, estará perdida. Progressivamente perdida. Seremos todos vencidos pela destruição egoísta e predatória que hoje avança com velocidade. Pois não basta tentar; tem que conseguir. E sem recursos imensos vamos continuar perdendo essa que é a verdadeira guerra que precisamos definitivamente vencer, ou veremos o declínio do mundo tal qual vemos hoje. Cada vez mais ameaçador com aumento já percebido da temperatura ambiente.

Os Estados brasileiros que fazem parte da Amazônia ou da pré-Amazônia, e que poderiam ajudar muito, estão todos ‘quebrados’ financeiramente, sem terem como usar todo o seu imenso poder de mobilização para ajudar nessa luta dentro dos seus territórios.

Só há uma maneira de conseguir os recursos necessários: a exploração da margem equatorial. Ah, mas o Ibama diz que é preciso mais estudos para proteger o ecossistema amazônico de um vazamento. Sim, o argumento é forte o suficiente para colocar um grande grupo de opinião interna e externa contra a exploração de petróleo na região, mas os fatos e a realidade já demonstram o contrário.

Senão vejamos: a França já explora petróleo há sete anos na Margem Equatorial, sem nenhum vazamento. E a Guina Francesa teve um aumento de 62% no PIB, ano passado: o maior do mundo, já batendo a Venezuela na produção diária de barris de petróleo. E sem nenhum vazamento.

Há 20 anos, e sem qualquer vazamento, a Petrobrás explora o pré-sal – em circunstâncias muito mais difíceis – a uma profundidade de sete mil metros, e ainda tendo que atravessar uma camada de sal. A exploração na margem equatorial se dá a dois mil metros e sem camada de sal. Na Nigéria acontece a mesma coisa, e já exploram a mesma margem equatorial sem nenhum vazamento. Isso não dá a resposta procurada pelo Ibama?

Bem, tudo bem, mas e daí? E a preservação da Amazônia, que é a nossa principal preocupação e premente necessidade com isso?

Se fizermos um grande fundo financeiro com o dinheiro da venda do petróleo, com uma expressiva porcentagem da venda do petróleo destinada à proteção da Amazônia e o restante a ser distribuído entre os estados da margem equatorial e a Petrobrás, com certeza a Amazônia seria preservada, ganharia o mundo, ganharia o clima mundial, e principalmente a exuberância da mais importante floresta do mundo.

E ganharia o Brasil, que teria um novo status mundial. Mas o IBAMA não deixa. (Das redações do Jornal Pequeno e de O INFORMANTE)

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