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Para especialista em Orçamento Público, repasse do 1º decêndio de maio foi depreciado por inflação e reflete estagnação da economia 

Prefeituras de todo o Brasil recebem, nesta quarta-feira (10), mais de R$ 7,3 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Este é o segundo maior volume de dinheiro repassado aos municípios neste ano – só ficando atrás dos valores pagos no primeiro decêndio de fevereiro, quando o mercado ainda estava aquecido pelas compras de fim de ano (o FPM resulta de impostos arrecadados pelo governo).

O FPM é uma das principais fontes de receita dos municípios e ajuda a custear despesas obrigatórias, como o pagamento de servidores públicos e da Previdência, além de melhorias para a comunidade.

Segundo o consultor de Orçamentos César Lima, a queda representa uma estagnação e uma recessão na economia do país porque “desta vez o volume está 1,24% menor do que no ano mesmo período do ano passado e, com a inflação, o montante teve cerca de 7% de redução real.

“Em termos absolutos, colocada a inflação do período, o resultado chega a praticamente 7% a menos do que no ano passado”, contabilizou o especialista. “A população ainda [está] meio no compasso de espera para saber a que veio esse novo governo – com as mudanças que tem prometido fazer na economia”, avaliou.

Para César Lima, a população ainda está aguardando para saber o que o novo governo vai fazer na Economia. “Essa queda significa uma estagnação, ou até mesmo uma recessão, pelos motivos que já colocamos aqui”, adiantou, para completar em seguida: “Há uma taxa Selic muito alta, que desaquece o consumo – principalmente dos bens de maior valor agregado, por encarecer o crédito – e a população ainda está meio no compasso de espera para saber a que veio esse novo governo, com as mudanças que tem prometido fazer na economia”. (Brasil 61).

 

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