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O secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, garantiu, nesta segunda-feira, 13, que a Educação segue como prioridade. E informou que as professoras e os professores contratados da rede estadual passam a ter salários de R$ 2.210,28/20h e R$ 4.420,55/40h, retroativo a janeiro. “Seguimos buscando consenso com a categoria”, postou Felipe.
Segundo ele, em relação aos professores efetivos, o governo permanece com transparente e aberto a negociação, inclusive com audiências marcadas para hoje no Ministério Público e no Tribunal de Justiça. “Encontraremos o melhor caminho”, ressaltou.

No período entre 2014 e 2022, os professores da rede estadual de ensino acumularam ganhos de 55% no contracheque. A remuneração inicial para 20h era de R$ 2.205,75 em 2014 e passou para R$ 3.433,84 em 2022. Um crescimento considerável se comparado a média salarial no mesmo período, afirmou.

Não se questiona a necessidade de lutar por melhorias salariais e valorização dos professores. Mas não há como negar que a greve é absolutamente fora de hora, uma vez que há propostas do governo acima de 10% (quase o dobro da inflação).
A educação, direito de todos e único meio comprovadamente eficaz para modificar a realidade de uma sociedade, deve ser a prioridade máxima de todos. E a greve está definitivamente atrapalhando isso. Que continuem os debates sobre as melhorias salariais, que o sindicato (eleito para isso) faça manifestação diária cobrando todos os dias, mas que os professores continuem mudando a sociedade em sala de aula, garantindo a educação de qualidade para nossos filhos e filhas.
Não há clima para manter essa greve no meio de negociações que manifestamente não acabaram. Os professores merecem ser valorizados, mas não há postura de governo que justifique a greve. Já há propostas e negociação em andamento! Só uma crise política interna, consequência de uma disputa de poder, justifica tamanha intransigência e falta de respeito com milhares de famílias.