-->
Flávio Dino parabenizou a polícia do Distrito Federal

Polícia prendeu no sábado empresário bolsonarista que tentou explodir caminhão na região do Aeroporto de Brasília

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para parabenizar a polícia do Distrito Federal pela prisão no sábado do empresário que tentou explodir um caminhão em área próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília.

“Cumprimento a Polícia Civil do DF pela prisão e apreensões efetuadas nesta noite, com aparente ligação com o artefato explosivo desta manhã. Fotos mostram o terrível efeito do extremismo no Brasil. Que todos rezemos nesta noite por PAZ”, escreveu em sua publicação.

Segundo as investigações, o empresário George Sousa, de 54 anos, viajou a Brasília para participar da manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em frente ao QG do Exército.

A polícia apreendeu com o suspeito pelo menos duas espingardas, um fuzil, revólveres, pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosiva.

Em depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), GEORGE  Washingtom de Oliveira Sousa, dev54 anos, preso acusado de planejar um atentado na capital, confessou que pretendia distribuir armas e munições para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército (QG).

O empresário é morador do Pará e decidiu, ao término do segundo turno das eleições de 2022, deixar a mulher e os filhos na terra natal para vir a Brasília integrar o grupo que protesta contra a contra a eleição de Lula (PT). No Pará, ele já participava de manifestos semelhantes, mas teria vindo ao DF na intenção de fortalecer o movimento.

Caminhonete – George viajou em uma caminhonete com armas, munições e artefatos explosivos no interior do veículo, segundo a Polícia Civil. Ele chegou na capital em 12 de novembro e ficou hospedado por um tempo em um hotel da área central. Depois, alugou um imóvel por meio de uma plataforma de serviço on-line para acomodações e hospedagem.

O empresário adquiriu o registro de caçador, atirador e colecionador (CAC) em outubro de 2021 e, desde então, montou um verdadeiro arsenal. Em oitiva na delegacia, ele alegou que pagou mais de R$ 170 mil na compra de armas e munições. “Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no QG”, afirmou o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido.

Ainda em depoimento, George disse que a ideia era distribuir armamentos e munições entre os apoiadores do atual presidente, caso houvesse necessidade e orientação nesse sentido.

Atentado – Na tarde de sábado, o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília, por volta de 13h20.

O material explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica por volta de 7h45, após um caminhão ter deixado a caixa na via pública, ainda pela madrugada. Os funcionários interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.

De forma espontânea, George confessou que queria chamar atenção para as questões políticas que têm defendido. “Não temos noção de quantas pessoas colaboraram com ele, mas as investigações vão se aprofundar. Nós respeitamos as manifestações, mas quando ela foge de princípios constitucionais e fere a liberdade do próximo, a PCDF vai agir, e agir com rigor”, afirmou o diretor Robson.

“Se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar”, frisou.  O acusado foi indiciado pela prática de terrorismo, posse e porte de armamento e munição e posse de artefato explosivo.

(Com O Antagonista e Correio Braziliense).