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Em discurso realizado pelas entidades, nesta segunda-feira, 15, organizações condenaram rumos da saúde e economia e deboche do presidente sobre dor das famílias

“A situação do Brasil é desesperadora”, definiu a representante da Comissão Arns, Maria Hermínia Tavares de Almeida, na manhã desta segunda-feira (15), no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça. A denúncia, realizada em parceria com a Conectas Direitos Humanos, ocorreu quando o Brasil contabilizava mais de 278 mil mortes causadas pela Covid-19.

“Viemos aqui hoje para criticar as atitudes recorrentes do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia. Ele desdenha das recomendações dos cientistas; ele tem, repetidamente, semeado descrédito em todas as medidas de proteção – como o uso de máscaras e distanciamento social; promoveu o uso de drogas ineficazes; paralisou a capacidade de coordenação da autoridade federal de Saúde; descartou a importância das vacinas; riu dos temores e lágrimas das famílias e disse aos brasileiros para parar ‘de frescura e mimimi'”, destacaram.

As entidades ainda lembraram que todas as medidas econômicas e sanitárias em vigor no país ocorreram por determinação dos poderes legislativo e judiciário federal, bem como de governadores e prefeitos.

“É por isso que estamos aqui, hoje, para chamar a atenção deste Conselho e apontar a responsabilidade do Presidente Bolsonaro em promover, por palavras e atos, uma devastadora tragédia humanitária, social e econômica no Brasil”, finalizaram.