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No acordo de delação premiada que firmou com a Polícia Federal, o ex-ministro Antonio Palocci envolveu 12 políticos e 16 empresas em transações supostamente criminosas que chegam a mais de 330 milhões de reais — boa parte pagamento de propinas ao PT e a parlamentares. O blog Radar teve acesso a um documento de oito páginas do Supremo Tribunal Federal que confere contornos mais palpáveis à principal frente da delação de Palocci, que cumpre em casa e com tornozeleira eletrônica sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Desde o início, a delação de Palocci causou desconfiança pela falta de comprovações sobre o que era dito. Essa era também a avaliação de procuradores de Lava Jato e do então juiz Sergio Moro, como veio à tona em diálogos vazados do Telegram.

Muitas das revelações presentes no acordo foram antecipadas por VEJA em diferentes reportagens publicadas em 2017. O acordo foi homologado pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Ele determinou o envio de 22 dos 23 anexos de Palocci a quatro estados: São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro. (Veja online)