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Novamente numa votação tumultuada, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito presidente do Senado na tarde deste sábado (2). Foram dados 42 votos para Alcolumbre, contra 13 de Espiridião Amin, o segundo mais votado. Angelo Coronel obteve 8 votos; Reguffe teve 6; Renan Calheiros, 5; e Fernando Collor, 3.

Houve duas votações, pois na primeira o surgimento de uma cédula a mais (82 em vez de 81, que é o número de senadores no país) fez com que a votação fosse repetida. A pedido do senador Major Olímpio, a Mesa Diretora determinou a apuração da suposta fraude na votação. As imagens da sessão serão periciadas.

Quando ocorria a segunda votação, que assim como a primeira deveria ser com voto secreto, segundo determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo, na madrugada deste sábado, o senador Renan Calheiros retirou sua candidatura.

Renan atribuiu o gesto à decisão do PSDB de ‘abrir’ seus votos em favor de Alcolumbre.

“Tudo o que havia na primeira votação poderia ter se repetido na segunda. O que não podia era, por pressão o PSDB na segunda votação, abrir o voto. Porque a perspectiva que nós tínhamos era de ter 4 votos no PSDB.”

O deputado maranhense Roberto Rocha foi um dos tucanos que declararam seu voto na hora de colocar a cédula na urna. O senador Flávio Bolsonaro (do PSL, filho do presidente Jair Bolsonaro) também declarou seu voto em Alcolumbre.

Renan Calheiros (PMDB-AL) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) eram os dois candidatos principais à presidência do Senado. Além de Renan, Alvaro Dias (Podemos, do PR) e Major Olímpio (PSL, de SP) também renunciaram à candidatura.

Prosseguiram na disputa cinco senadores: Davi Alcolumbre (DEM-AP), Ângelo Coronel (PSD-BA), Fernando Collor (Pros-AL), Esperidião Amin (PP-SC) e Reguffe (sem partido-DF).

A sessão deste sábado foi presidida por José Maranhão (MDB-PB), o parlamentar mais velho do Senado. Votaram 77 senadores. Deixaram de votar Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (PA) e Maria do Carmo Alves (SE).

Davi Alcolumbre substitui Eunício Oliveira (MDB-CE), que não se reelegeu. (Oswaldo Viviani)