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O primeiro dia efetivo de trabalho da Assembleia Legislativa foi marcado, na manhã desta terça-feira (5), por um duro embate entre os deputados César Pires (PV) e Duarte Júnior (PCdoB).

Eles trocaram entre si graves acusações. O bate-boca começou porque César Pires, primeiro deputado a usar o grande expediente na legislatura que mal acaba de começar, fez uma provocação contra a bancada governista.

Eis o que disse César Pires, logo no começo da confusão: “Senhores, eu quero dizer a vocês que, na verdade, os meus propósitos aqui são de despertar vocês para um novo momento que estamos vivendo. Eu confesso que é preciso, V. Exas que estão entrando, não acompanharem as lengalengas antigas, observarem bem do que estão fazendo, do que estão votando. E vi agora o Governo dizer que vai de novo aumentar os impostos! E como será o comportamento daqueles que defendem o consumidor aqui? Defende o consumidor de televisão, de rádio, ou defende o consumidor de fato? Porque se defender de fato vai ter que se posicionar contra, ou então não é consumidor”.

Bastou César Pires pronunciar estas palavras e, de pronto, o deputado Duarte Júnior pediu um aparte, e partiu para o contra-ataque. Ele acusou César Pires de lhe ter solicitado um favorecimento indevido durante uma fiscalização de um estabelecimento de uma comerciante em São Luís.

César Pires teria, segundo Duarte Júnior, usado um tom de truculência, exigindo solução para o problema da comerciante. Diante de uma dura reação de Duarte Júnior, ex-presidente do Procon/MA, César Pires levantou suspeitas de que o deputado estreante teria se utilizado de tentativas de extorsão e suborno, em operações de fiscalização.

Duarte Júnior reagiu indignado e o clima ficou tenso, no plenário. César Pires, ocupando a tribuna, partiu para insultos e agressões: “Vc é um péssimo advogado. Vc é um mentiroso, desleal. Vc nao tem cultura.”

Com insultos tão violentos, que contrariam o decoro parlamentar, foi preciso uma dura intervenção do deputado Glalbert Cutrim, que no momento estava presidindo a sessão. Glabert chegou a ameaçar suspender a sessão, para impor ordem e paz no plenário. Mas logo a confusão acabou.