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O delegado Armando Pacheco, superintendente de Polícia Civil do Interior do Maranhão, confirmou no fim da tarde deste domingo (11), que nenhum segurança do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva Barbosa (PRB), 57 anos, estava com ele no momento em que o gestor foi morto. Portanto, as informações divulgadas preliminarmente por este blog, sobre um duplo homicídio, incluindo um segurança de Ivanildo, não são corretas.

O delegado informou ainda que as investigações estão em andamento, mas o prefeito foi atingido com pelo menos 6 disparos. A autoria, a motivação e outras circunstâncias ainda estão sendo investigadas.

O prefeito provavelmente foi morto na noite do sábado (10) ou na madrugada do domingo (11), mas seu corpo foi encontrado apenas na manhã deste domingo, ao lado de seu carro, uma caminhonete, perto de sua fazenda, no assentamento Jussara, em Davinópolis (a 696 km de São Luís, no sudoeste do Maranhão). O prefeito trajava só uma bermuda e estava sem camisa. A fazenda do prefeito foi toda revirada, segundo a polícia.

Ivanildo Paiva foi eleito em 2016 com 4.604 votos (49,37%) contra 3.857 votos (41,36%) dados a José Gonçalves Lima, o Zé Pequeno, do PDT.

O vice-prefeito eleito na chapa de Ivanildo, José Rubem Firmo, o Rubem Lava Jato (PCdoB), 52 anos, deve assumir a prefeitura até 2020, quando haverá uma nova eleição municipal.

FILHO TAMBÉM FOI ASSASSINADO

O assassinato do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva, não é o primeiro crime desse tipo que abala sua família.

Em 2008, o filho dele, Ivanildo Paiva de Barbosa Júnior, foi morto por policiais militares em Imperatriz, num crime de grande repercussão no estado.

Ivanildo Júnior desapareceu na madrugada de 13 de setembro daquele ano. O estudante, então com 19 anos, voltava de uma festa realizada no Parque de Exposições de Imperatriz.

Após deixar duas amigas em casa, a vítima teria sido abordada no centro de Imperatriz pelos então PMs Smailly Araújo Carvalho da Silva e Antônio Ribeiro Abreu, quando foi transportado no porta-malas do carro até a Estrada do Arroz. No local, foi espancado e morto com um tiro na nuca disparado por Abreu. O corpo do estudante foi encontrado oito dias depois, enterrado em uma cova rasa. Os dois PMs foram presos, julgados e condenados. (Oswaldo Viviani)