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O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), é um dos principais alvos da quarta fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada na manhã desta terça-feira (18) pela Polícia Federal (PF).

A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), investiga supostos desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).

O apartamento e o escritório de Tiago, foram alvos de mandados de busca. O sócio dele, Bruno de Carvalho Galiano, foi preso temporariamente (5 dias, podendo ser prorrogáveis ou transformados em prisão preventiva). A PF chegou a pedir a prisão de Tiago Cedraz, mas o ministro Luiz Edson Fachin, do STF, indeferiu. Tiago Cedraz é investigado pelos supostos crimes de peculato e corrupção ativa.

Marcelo de Lima Cavalcanti, chefe de gabinete do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), também é alvo de mandado de busca e prisão temporária.

No total, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisões temporárias em Brasília (DF), Goiânia e Anápolis (GO), São Paulo (SP) e Londrina (PR).

A Polícia Federal investiga nesta fase fraudes na restituição de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da CEES.

São apurados os crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, no esquema investigado, pedidos de restituição eram manipulados por suposta organização criminosa com o intuito de adquirir direito a créditos.

Ainda segundo as investigações, os valores eram transferidos da CEES para as contas bancárias das entidades, e um percentual era repassado para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema. (Com G1)