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A Comissão de Ética da CBF determinou o afastamento temporário do presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, que é um dos alvos da Operação Cartola, da polícia civil e do MP paraibanos, que investiga um esquema de corrupção no futebol do Estado. A decisão foi tomada na última sexta-feira, mas foi divulgada apenas na noite deste domingo (13), pelo Fantástico. Nesta segunda-feira (14), a CBF vai confirmar o auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Boson Gambogi, como condutor das atividades da Federação Paraibana até a conclusão das investigações.

Amadeu Rodrigues está no comando da FPF desde o início de 2015 e vive atualmente o seu momento mais conturbado à frente do futebol paraibano. No último dia 9 de abril, apenas um dia após o encerramento do campeonato estadual, foi deflagrada uma operação que investiga um esquema de corrupção do futebol local, com manipulação de resultados, compra de árbitros e fraudes em sorteios. Ao todo, 85 pessoas são alvos das investigações, entre elas o presidente da FPF, dirigentes e árbitros. A Polícia Civil e o Ministério Público conduzem os trabalhos no sentido de apurar as fraudes cometidas pelas pessoas que fazem o futebol na Paraíba e, para isso, têm em seu poder mais de 104 mil conversas dos envolvidos.

Na segunda-feira (9), a Polícia Civil da Paraíba e o Ministério Público do Estado deflagraram a Operação Cartola, contra a corrupção no futebol paraibano. O objetivo foi “apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol do Estado”, segundo as autoridades investigativas. A manipulação de resultados foi um dos focos da operação.

Entre os alvos dos 39 mandados de busca e apreensão da operação, foram vasculhados pela polícia os endereços de Amadeu Rodrigues, presidente da FPF; Rosilene de Araújo Gomes, ex-presidente da FPF; José Renato Soares, presidente da Comissão de Arbitragem; Lionaldo Santos, presidente do TJD-PB; Zezinho Botafogo (José Freire da Costa), presidente do Botafogo-PB; e Juarez Lourenço, presidente do Treze-PB, além dez árbitros.