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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições desse domingo (30). Com pouco mais de dois milhões de votos de vantagem (1,8% a mais de votos válidos) sobre seu adversário, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Lula voltará em janeiro a governar um país dividido.

Em seu discurso inicial, lido momentos após a declaração oficial do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a vitória, Lula já sinalizou pela pacificação do país, dizendo que “não existem dois Brasis”.

O discurso foi no mesmo sentido de outras autoridades da República que rapidamente trataram de reconhecer a vitória do candidato, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos principais aliados do presidente Bolsonaro na campanha. O mesmo caminho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Grande demais para ser pária – Lula também recebeu pronto reconhecimento de presidentes de grandes nações do mundo, como o americano Joe Biden, o francês Emmanuel Macron e o argentino Alberto Fernandes. Lula fez questão de ressaltar a volta do Brasil ao cenário mundial em seu discurso.

“O Brasil é grande demais para ser relegado a este triste papel de pária do mundo”, disse Lula.

Sobre o setor de infraestrutura, Lula voltou a prometer que vai se reunir com os governadores e prefeitos para identificar um conjunto de obras prioritárias.

Prioridade para gerar empregos – Ao longo da campanha, Lula indicou várias vezes que o setor de infraestrutura será uma prioridade em seu governo, indicando a área como uma alavanca para a geração de empregos. Os principais compromissos foram expressos num folder na semana final da campanha, chamado de “13 Propostas de Lula para a Infraestrutura”.

A principal delas é um Novo PAC, com investimentos privados, mas que também faça a retomada de investimentos públicos, cujos baixos valores nos últimos anos são considerados um fator para o baixo crescimento do país.

No entanto, esse desafio é maior que o setor de infraestrutura em si, visto que o Orçamento da União está praticamente todo controlado por despesas obrigatórias e por emendas parlamentares executadas em projetos pulverizados. O presidente eleito prometeu acabar com o teto de gastos, que vem penalizando fortemente o setor de infraestrutura, mas sem ainda apresentar uma proposta de controle fiscal que seja plausível para substituí-lo. (Agência iNFRA).