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A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira, 4, 30 mandados de busca e apreensão contra desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará e servidores do governo estadual. As medidas fazem parte da operação “Q.I.”, que apura irregularidades na contratação de profissionais a partir de indicações.

A investigação teve início após análise do material obtido durante a operação “Para Bellum”, em junho de 2020, que averigou supostas fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo governo do Pará.

As informações foram obtidas partir de mensagens trocadas em telefones celulares dos investigados. Segundo a PF, há indícios de que o ex-Chefe da Casa Civil da Governadoria do estado do Pará, em conjunto com membros da cúpula do governo do estado, teria usado a máquina pública para satisfazer interesses pessoais.

Ele teria nomeando ou mantido “apradrinhados” (parentes ou amigos) indicados por Desembargadores do TJPA para cargos comissionados no Poder Executivo do estado.

A investigação corre em sigilo na Justiça. A operação, chamada de “Quem Indica” – Q.I., tem a participação da Procuradoria da República e conta com 100 policiais federais.

Questionado pelo Metrópoles, o governo do Pará informou, em nota, que “colabora com os orgãos de investigação e confia na Justiça”. O documento também afirmou que “TODOS os funcionários que são alvo da operação foram contratados entre 1993 e 2015”. (Site Metrópoles)