-->

O governo do estado poderá, em curto espaço de tempo, descartar a utilização do polêmico ferry-boat José Humberto. E é bom que o faça antes que seja surpreendido com um problema de graves proporções.

Mesmo aprovado pela Capitania dos Portos para navegar, o “José Humberto” parece não passar segurança, depois de algumas situações dificultosas que deixaram passageiros intranquilos durante travessias Cujupe-Ponta da Espera e vice-versa.

O “José Humberto” foi trazido para prestar esse serviço numa situação de emergência, e até aqui tem cumprido o seu papel, apesar das poucas, mas sinalizadoras, situações enfrentadas em seu curto período de operação. No entanto, trata-se, em sua origem, de uma balsa, de “idade avançada”, que foi transformada em ferry boat no Pará, e com características específicas para navegação em rios e não em mar aberto.

O senador Roberto Rocha fez esse alerta logo que o “José Humberto” chegou. Sabe-se que ele é hoje um ferrenho adversário do governo, mas isso não invalida o alerta que fez, porque, procedente, precisa ser levado em conta. Da mesma forma que o governo do estado precisa atentar para essa sugestão, agora feita por O INFORMANTE, para retirar o “José Humberto” de circulação, antes que o pior aconteça; afinal, com seis ferries em operação, a velha balsa paraense, mesmo com a sofisticada reforma que sofreu, além dos eventuais riscos, vem causando uma péssima imagem para a gestão de Carlos Brandão.

Quatro ferries estão hoje operando, além do José Humberto: Baía de São Marcos, Cururupu, Alcântara (Internacional Marítima) e São Gabriel (Henvil), a nova embarcação, com capacidade para 100 veículos e mil passageiros.

O ferry Araioses, da Serve Porto, que foi totalmente reformado, deve entrar em operação nos próximos dias; no máximo até segunda-feira, segundo informações de fonte do setor.

O sexto ferrie – Baía de São José -, da Serve Porto, que está passando (e terminando) por ampla reforma, deve entrar em operação daqui a 60 dias.

Serão, portanto, seis ferry- boats em operação no sistema de transporte marítimo do Maranhão e atendendo toda a Baixada Maranhense.

Não precisa o governo do estado, consequentemente, dos serviços sem a segurança adequada do ferrie José Humberto. O melhor que fará, portanto, com esses seis ferries em operação, é mandar de volta “pra casa”, para os rios paraenses, essa embarcação que está provocando polêmicas e prejudicando a imagem da gestão Carlos Brandão.