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Em nota distribuída na noite desta segunda-feira, 11, a Secretaria de Estado da Segurança Pública esclarecendo manifestação do deputado federal Josimar de Maranhãozinho em solidariedade à prefeita Belezinha, de Chapadinha, que, segundo o parlamentar, teria sido  “brutalmente constrangida” pelo governador Flávio Dino durante sua passagem pelo município. Em sua nota, Josimar disse que ainda em palanque Dino “enalteceu o secretário da segurança (Jefferson Portela) e declarou vários elogios, mesmo após a atitude vergonhosa que ele realizou, quando usou a máquina do Estado para constranger a minha esposa, deputada Detinha, com os nossos filhos, em nossa residência, sabendo que ela estaria sozinha”.

Na nota agora emitida, a Secretaria da Segurança esclarece:

  1. A Operação “Maranhão Nostrum” é resultado do Procedimento  Investigatório Criminal nº 011660-750/2018, instaurado pelo Grupo de  Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em  19 de outubro 2018; 

Esse procedimento originou-se de uma Notícia de Fato instaurada a  partir de denúncias envolvendo Josimar Cunha Rodrigues, o deputado  federal Josimar de Maranhãozinho, e as empresas Águia Farma  Distribuidora de Medicamentos Ltda e Construtora Madry, ambas  ligadas ao parlamentar; Josimar Cunha Rodrigues é, até hoje, sócio da  Construtora Madry, junto com sua irmã Irismar Cunha Rodrigues,  também investigada.(Fonte: Nota emitida pelo Ministério Público do  Estado do Maranhão); 

  1. Os relatórios de análise técnica foram realizados pelo Laboratório  de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, do próprio Ministério  Público. O Relatório de Inteligência Financeira (RIF) apontando a  movimentação suspeita de R$ 159.745.884,37 (cento e cinquenta e nove  milhões, setecentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e oitenta e quatro  reais e trinta e sete centavos), foi elaborado pelo Conselho de Controle  de Atividades Financeiras – COAF; 
  2. Segundo a Nota do Ministério Público, “o próprio investigado  Josimar Cunha Rodrigues, no período em questão, consta como  principal favorecido das empresas que participavam e ganhavam os  procedimentos licitatórios. Além dele, receberam dinheiro dessas  empresas, parentes como Lucas Emanuel Costa Cunha, seu sobrinho, e  Irismar Cunha Rodrigues, sua irmã.” 
  3. Na sequência do Procedimento Criminal, o Ministério Público  formalizou pedidos de buscas e apreensões, bem como a quebra de sigilo  bancário e fiscal do investigado Deputado Josimar e de outras pessoas  relacionadas perante a Vara de Combate ao Crime Organizado.  
  4. Para o cumprimento das medidas deferidas pela Vara de Combate  ao Crime Organizado em treze municípios do Estado do Maranhão e em  um município do Estado do Ceará, foi determinado o apoio operacional  por parte dos órgãos de Segurança Pública. 

Assim, a SSP/MA, cumprindo o seu dever legal, deu todo o apoio  policial ao Ministério Público do Maranhão, para apurar a movimentação  suspeita de R$ 159.745.884,37 (cento e cinquenta e nove milhões,  setecentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e  trinta e sete centavos), dentro dos limites legais estabelecidos na decisão  judicial proferida pela Vara de Combate ao Crime Organizado, de acordo  com os pedidos formulados pelo Ministério Público Estadual.