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O ex-governador José Reinaldo Tavares, secretário de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, está convencido de que o governo de Brandão mudará o Maranhão. Para ele, o estado tem recursos naturais, que, se aproveitados em um projeto integrado, elevarão o Maranhão a um patamar muito alto, entre todas as regiões do mundo.

“Parece sonho, mas não é”, garante, “a começar pela Baía de São Marcos, onde já temos dois portos operando a pleno vapor: o Porto do Itaqui e o Terminal Portuário da Ponta da Madeira. Juntos, eles já são maiores que o Porto de Santos em tonelagem exportada”.

O ex-governador fez uma menção otimista sobre o futuro TPA (Terminal Portuário de Alcântara), um dos maiores projetos portuários do Brasil, com 8 berços, cada um com 25 metros de profundidade, que virá se juntar aos outros portos.
“Uma grande vantagem que mais ninguém tem no Brasil”, ressalta. E explica: “Esse terminal será ligado à Ferrovia Norte-Sul – o maior eixo de transporte ferroviário do Brasil – por uma ferrovia de 520 km de extensão. O projeto é tão importante, que o Banco Mundial, após exaustivos estudos, definiu como o melhor porto para atender à Ferrovia Norte Sul e a toda logística de transporte do Arco Norte. A ligação dará a esse porto condições excepcionais; tanto para exportação quanto para importação. E permitirá que o Maranhão possa fabricar produtos manufaturados para todo o Brasil, por meio do maior sistema ferroviário do País. Essa é uma tremenda vantagem, que nenhum outro local no país pode oferecer aos investidores, nacionais ou estrangeiros. E essa é apenas uma das imensas vantagens na nova economia verde”.
“Esse conjunto nos torna muito especiais para os empresários. Juntamos à nossa inigualável logística de transportes outras grandes vantagens, pois temos excelentes condições para produzir energia renovável; tanto eólica, quanto solar. Possuímos ventos bem direcionados em quase todo o dia, e sol firme, característico de quem está muito próximo do Equador!!! Temos áreas excelentes e extensas para receber esses projetos, e linhas de transmissão cortando essas áreas e levando a energia produzida nesses locais para o sistema elétrico, em operação, além de muita biomassa e, sobretudo, água, essencial para tudo, inclusive para a produção de energia, de hidrogênio verde, de amônia verde, e fertilizantes”.
Garante José Reinaldo que tudo isso nos torna o melhor lugar do mundo para produzir a energia do futuro: limpa, verde, assim como produtos conhecidos como powershoring verde, que é transformar produtos sujos em verdes.
Como exemplo, a siderurgia, pois, além disso, temos minério de ferro chegando todos os dias a São Luís. E a tudo isso se soma a futura ZPE (Zona de Processamento de Exportação), um instrumento fundamental para fabricar produtos de exportação, produtos verdes.
Essa nova energia, segundo o secretário titular da Sedepe, vai gerar milhões de toneladas de crédito de carbono, o que ajuda a nos tornar um estado exemplo na descarbonização…, “um estado verde, cujos produtos poderão receber bônus por serem produtos verdes”, acrescenta.
Alerta o ex-governador, no entanto, que, para dar consistência a esse programa, “precisamos cuidar de uma das nossas maiores vantagens: a nossa bacia hidrográfica, formada por doze rios perenes, que são inteiramente maranhenses, além de rios muito importantes como o Gurupi, o Tocantins e o Parnaíba”.
Diz Zé Reinaldo que “quem tem água tem tudo”. Em 2023, disse, os fatores ambientais moldam cada vez mais os fluxos globais do comércio exterior e do investimento direto estrangeiro. “As alterações climáticas exigem uma nova agenda ambiental, que tenha impacto nas metas e objetivos ambientais das empresas. Empresas de todo o mundo estão seguindo estratégias de consumo de energia e água com o objetivo de reduzir suas pegadas hídricas e de carbono. Assim, as empresas procuram locais de produção em todo o mundo onde possam dar resposta a estas necessidades urgentes e prementes: reduzir suas pegadas hídricas e de carbono. Dessa forma, localizar-se em países que possam fornecer energia verde e recursos hídricos abundantes é uma estratégia obrigatória para empresas de todo o mundo. A fabricação é um processo que consome muita água e energia”, assegura.
Informa o ex-governador que as empresas que se esforçam para cumprir a agenda ESG de 2030 estão, mais do que nunca, à procura desses locais de produção, a fim de aumentar a sua vantagem competitiva global e a sua vantagem frente aos seus concorrentes.

“O powershoring fornece a resposta a essas questões, abordando a descentralização da produção ou a relocalização da produção para países com utilização intensiva de energia verde e países com utilização intensiva de água”.

Por fim, diz José Reinaldo que o Maranhão pode oferecer às empresas multinacionais, que buscam estratégias de powershoring, a localização ideal para seu investimento direto. O que teremos que fazer, com urgência, segundo ele, é acumular as águas no próprio leito dos rios maranhenses, para evitar que elas possam ir livremente para o mar.

“Isso é desperdício de um bem precioso que não poderemos admitir”. Defende o ex-governador que precisamos cuidar da nossa água com zelo e rigor. “Água é fundamental para tudo, para as pessoas, para a produção de alimentos, para a manufatura, para a produção da energia verde, para a produção de amônia verde, para a produção de fertilizantes. Água é Vida. Água é Tudo”, frisou.

 

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