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Fundador do Jornal Pequeno, o jornalista Ribamar Bogéa terá a sua trajetória de vida retratada no livro “O Guardião da Liberdade”, que será lançado nesta quarta-feira, dia 18, na Galeria Trapiche, Praça Dom Pedro II, no Centro de São Luís, às 18h.

Vinicius Bogéa

Autor do livro, o jornalista Vinícius Bogéa aliou os laços familiares e uma vasta pesquisa para compor a saga do avô, que fundou o JP no ano de 1951, na efervescência da “Ilha Rebelde”, para se tornar um marco de independência e luta pelas causas populares. Como o próprio fundador ressaltou, um veículo de comunicação criado para ser “O Órgão das Multidões”.

Vinícius ressalta que a ideia de escrever o livro baseado na história do avô era antiga, e foi amadurecendo ao longo dos anos: “Desde quando escrevi o meu primeiro livro, em 2006, surgiu a intenção de retratar toda a trajetória do meu avô, mas eu sabia que seria um trabalho complexo, por todo contexto histórico envolvido. Aos poucos, comecei a pesquisa, entrevistei muitas pessoas, e minha avó, Hilda, foi uma fonte preciosa para concluir o projeto”, detalhou o autor.

Apesar de se tratar de uma biografia, Vinícius Bogéa utilizou sua experiência como escritor romancista para fornecer um clima de leveza à obra: “Trata-se de uma biografia romanceada, como se fosse um conto baseado em todo contexto político e jornalístico ao qual a vida do meu avô está inserida. Ribamar Bogéa não é apenas um personagem local, mas, sim, uma referência que influenciou toda uma geração. O livro é um documento histórico para retratar toda essa trajetória de luta e resistência”, frisa.

Falecido no dia 4 de março de 1996, Ribamar Bogéa deixou um legado extenso ao jornalismo maranhense, que poderá ser conferido nas páginas de O Guardião da Liberdade, livro editado pela VB Editora, com apoio do Governo do Maranhão, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e Grupo Mateus.

Idealizador da obra, Vinícius Bogéa é membro da Academia Ludovicense de Letras (ALL) e Academia Maranhense de Cultura Jurídica, Social e Política (AMCJSP). É autor ainda de outros seis livros; Roubando Sonhos (2006), Céu de Ilusões – Sobre Crimes e Artes (Vencedor do Plano Editorial Secma, Prêmio Gonçalves Dias, categoria Novela, em 2008), Diário Oculto (Primeiro lugar no Concurso Literário Cidade de São Luís, Romance, 2009), Belo Maldito, publicado pela Editora Novo Século, em 2014, Vendeta (de 2018, a continuação de Diário Oculto), e Solidão de Aço, lançado pelo selo Autografia, em 2020.

3 thoughts on “Jornalista Ribamar Bogéa tem história retratada em livro escrito pelo neto

  1. Efusivos parabéns ao neto do ‘Bogeão’ pela obra histórica-biográfica do avô.
    Quando fui morar em São Luís, para estudar, em 1954 o JP já era o Órgão das Multidões, e contava com duas edições; mas quando surgiam algumas notícias não publicadas nessas edições, eis que ‘Bogeão’ lançava a terceira edição, já em plena noite. Eu, para não perder as notícias, comprava o JP.
    Deleitava-me com a “língua de trapo”, “espírito de porco”, a “lista dos 10 que são os 20 mais chatos” de São Luís.
    Hoje, nos meus 84 anos, residindo em Brasília desde 1964, acompanho o JP pela internet, com os blogs do Informante, Cutrim e outros.
    Por enquanto é só. PS: gostaria de receber o livro agora editado.
    Getúlio Leite, SQS 306, bloco B, ap.503. Brasília- DF. CEP: 70253-020.
    Muito obrigado.

  2. Creio que cada leitor do glorioso JP desde sempre tenha suas próprias histórias e abraçou a causa de ter um diário que traga notícias básicas do dia dia da cidade , entrelaçados com opiniões diversificadas, além de matérias do cenário nacional e temas especiais : cultura, meio ambiente e politica.

  3. Vivi a saga de Ribamar Bogea nos meus primeiros anos de jornalista. Tive uma coluna no estilo provocativo que o jornal inspirava em seus primeiros anos. A multidão recorria a ela quando precisava reclamar de quem quer que fosse, pois como diz o hino do diário, “jornal que tem coragem é o Pequeno, não teme os poderosos é o Pequeno”. Por isto, talvez, resista como documento impresso até hoje. A pro´posito: quanto $? Pois jornalista aposentado, preciso reservar para não deixar minha biblioteca sem este título.

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