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O 3º Tribunal do Júri de São Luís condenou, na madrugada desta sexta-feira, 1º, Elionai Sousa Silva a 16 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de sua ex-companheira, Celcilene Santana Rodrigues, em maio de 2022.

O crime aconteceu em um quarto do Hotel Pousada Ludovicense, no bairro Madre Deus, onde Elionai matou Celcilene com golpes de faca.

O julgamento, realizado no Fórum Desembargador Sarney Costa, contou com o depoimento de 10 testemunhas, entre funcionários do hotel, familiares da vítima e uma irmã do réu, que foi ouvida como informante.

Durante seu interrogatório, Elionai negou a acusação e se recusou a responder a maioria das perguntas do promotor de justiça, Gilberto Câmara França Júnior, que representou a acusação.

A defesa foi conduzida pelos advogados Erivelton Lago, Nathan Luís Sousa Chaves e Luanna Dalya Andrade Lago.

O juiz substituto Rafael de Lima Sampaio Rosa, que presidiu a sessão, classificou o caso como feminicídio, ocorrido em um contexto de violência doméstica e de menosprezo à condição de mulher da vítima.

Em sua sentença, o juiz enfatizou a brutalidade do crime e as trágicas consequências para o filho de Celcilene, que ficou órfão aos quatro anos de idade.

A vítima, de 32 anos, trabalhava como auxiliar de serviços gerais e tinha duas medidas protetivas de urgência contra o ex-marido, de quem havia se separado quatro meses antes do crime.

A pena será cumprida inicialmente em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas, onde o réu já estava preso.

O magistrado negou a Elionai o direito de recorrer em liberdade, ressaltando as “circunstâncias desfavoráveis” e o impacto devastador do crime na vida do filho de Celcilene e de seus familiares.

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