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A participação destacada do Maranhão, na 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCTI), realizada em Brasília (DF), sublinhou a relevância do estado no avanço do ecossistema científico nacional. A afirmação partiu da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, pontuando a importância maranhense no crescimento deste segmento. “Estamos implementando uma política pública na garantia do combate à desigualdade regional e não tenho dúvidas que o Maranhão, aqui presente, vai reforçar essa luta, que é de todos nós”, enfatizou a ministra.

A 5ª CNCTI encerrou-se nesta quinta-feira feira (1ª), após três dias de debates sobre medidas e estratégias para desenvolvimento do setor. Os debates da conferência foram norteados em quatro eixos temáticos, focando a recuperação desse ecossistema, mais apoio à inovação nas empresas, programas e projetos estratégicos nacionais e desenvolvimento social.

As discussões geraram base para a elaboração da nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), que deverá ser seguida pelos próximos 10 anos. “Neste sentido, o Maranhão tem uma presença forte neste importante ecossistema, que faz parte do sistema nacional e que vai, sem dúvidas, escrever belas páginas da história brasileira”, afirmou a ministra Luciana Santos.

O evento contou com uma programação diversificada, que incluiu painéis, workshops, apresentações de projetos inovadores e uma série de debates em torno do ecossistema científico.

O Maranhão, representado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti),, Fapema Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) e Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), marcou sua contribuição com iniciativas voltadas para avanço do setor, priorizando mais inclusão digital, aliada ao desenvolvimento sustentável.

“O Maranhão se firmou como um dos protagonistas nos esforços pela redução das desigualdades regionais e pelo desenvolvimento das potencialidades tecnológicas no país. Levamos ao debate as demandas da ciência e tecnologia do nosso estado para, juntos, debatermos caminhos de crescimento deste setor, sempre com o apoio do governador Carlos Brandão, que reconhece a importância deste segmento para desenvolver o estado”, observou o presidente da Fapema, Nordman Wall.

Entre os destaques da conferência, o estado contribuiu com o documento com as contribuições colhidas junto a comunidade científica e representantes da sociedade organizada durante a conferência estadual realiza em março em São Luís.

Segundo o presidente da Fapema, Nordman Wall, a busca de mais recursos são essenciais para promover a inovação em áreas consideradas estratégicas para o crescimento econômico e o bem-estar social. “São dois importantes vetores com forte potencial para o setor, resultado da união de esforços que reflete no avanço científico e tecnológico”, frisou.

Para a titular da Secti, Natássia Weba, a conferência serviu para debater o futuro da ciência no estado. Ela destacou o Plano de Inteligência Artificial Nacional, “que terá grandes investimentos e para o qual o Maranhão será contribuinte relevante, a fim de alavancar esta área em nosso estado”.

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) vai equipar o país com infraestrutura tecnológica avançada e de alta capacidade de processamento, incluindo um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo. O diferencial é que será alimentada por energias renováveis. Para o projeto, serão investidos R$ 23 bilhões, segundo anunciou a ministra Luciana Santos, durante a conferência.

A conferência também proporcionou um ambiente propício para o networking e a colaboração entre pesquisadores, empreendedores e formuladores de políticas. Foram discutidas estratégias para fomentar a ciência e a tecnologia em nível regional, com a participação ativa de representantes locais que compartilharam suas experiências e desafios.

O reitor da Uema, Walter Canales, pontuou o cenário atual, em que este setor está novamente entre as prioridades do governo federal. “Isso assegura que recursos sejam destinados aos pesquisadores e professores para avanço de um segmento tão importante ao país e que, no Maranhão, tem total apoio do Governo do Estado, pelo compromisso do governador Carlos Brandão”.

A reitora da Uemasul, Luciléa Gonçalves, pontuou o “momento histórico da participação do estado na conferência, para o debate de temas que já tivemos no Maranhão e considero muito importante essa presença, em se tratando de evento de grande relevância nacional”.

A 5ª CNCTI não era realizada há 14 anos e esta edição representa um marco na história da ciência e tecnologia no Brasil. O encerramento da conferência deixa a expectativa de que os resultados gerados nas discussões impulsionem novas iniciativas e parcerias, fortalecendo ainda mais o papel do Maranhão e de outras regiões, na construção de um ecossistema científico e tecnológico mais robusto e equitativo no país.

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