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Ex-alunos do SESI Maranhão trilham carreiras profissionais a partir do aprendizado de robótica educacional e de competição


O que começou de forma lúdica nos laboratórios da escola SESI Maranhão de São Luís, Bacabal e de Imperatriz, inspira carreiras na área de tecnologia. E quem ontem era aluno hoje treina estudantes e ajuda a disseminar o aprendizado da robótica para as novas gerações.
Há 12 anos a robótica foi introduzida na Rede SESI no Brasil. Desde 2010, o SESI Maranhão incorporou a disciplina na sua matriz curricular. A partir dos 7 anos, estudantes têm os primeiros contatos com a robótica educacional e os que se destacam formam equipes e treinam muito para participar de competições. Em 2024, o SESI realiza a 4ª edição do Torneio SESI de Robótica Regional SESI Maranhão, que este ano ganhou o reconhecimento do operador oficial da First Lego League no Brasil como o maior do país e o segundo em número de participantes, ficando atrás apenas de São Paulo.

Essa trajetória que colocou o Maranhão no cenário nacional da robótica também vem estimulando ex-alunos do SESI Maranhão a seguirem carreira na área tecnológica. Foi assim com Eric Araújo Chagas, que hoje atua como técnico de robótica na Escola SESI Imperatriz. “Eu estudei no SESI desde o maternal, com três anos. Quando estava com 12 e cursando o 6º ano, comecei a prender robótica e me apaixonei. Comecei a competir no ano seguinte, em 2017, quando conseguimos o 1º lugar na Olimpíada Brasileira de Robótica. No último ano como estudante, fomos para a etapa nacional da First Lego League (FLL).
Depois disso Eric iniciou o curso superior de mecatrônica automotiva, foi selecionado para ser assistente técnico de robótica e atualmente é técnico de robótica na escola SESI Imperatriz, onde tudo começou. De lá para cá, as equipes que liderou ganharam vários prêmios e nesta temporada do torneio regional, que acontece neste final de semana (13 e 14/01), ele está à frente de três equipes na modalidade FLL. “Aprendi robótica com peças de lego e hoje eu trabalho com vários mecanismos ao mesmo tempo, como sistemas pneumáticos, elétricos, mecânicos, hidráulicos a partir do que aprendi com os legos”, lembra Eric, que acaba de ganhar o prêmio de “Melhor Técnico” nesta temporada.
Antonino Medeiros também é técnico de robótica na Escola SESI São Luís, onde aprendeu robótica e competiu entre 2015 e 2017 em torneios fora do Maranhão como aluno. “O SESI me apresentou a robótica e o mundo da computação. Terminei a faculdade de ciência e tecnologia na UFMA. Eu curso engenharia da computação. Hoje, o meu professor de robótica é meu colega de trabalho. Ele lembra que o nível das equipes só evoluiu nos últimos anos. A expectativa, segundo ele, é que algumas equipes consigam ‘fechar a mesa a cada round” disputado, ou seja, tirem nota máxima e passem para a etapa nacional do torneio.

O superintendente do SESI Maranhão, Diogo Lima, ressaltou que a robótica tem uma forma de ensinar muito tocante, sentimental, afetiva, cheia dos valores da própria competição e com isso os alunos acabam se inspirando e vendo que ensinar é também uma forma de revolucionar o mundo que a gente vive. Talvez isso explique o porquê de muitos ex-alunos retornarem para ensinar o que aprenderam.

“Nós temos ex-alunas que estão como mentoras de equipes de escolas públicas, como em Lago da Pedra; outros que eram ex-alunos do SESI e agora têm equipes que eles cuidam e estagiários do SESI que conseguiram levar escolas públicas às finais de campeonato. É uma gratidão muito grande, satisfação mesmo poder ver o trabalho que nossos professores fazem, inspirando alunos a seguir algo tão importante como o magistério”, concluiu Diogo.

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