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O presidente do Caxias-RS, Mário Werlang, vai cumprir uma das suas últimas agendas como mandatário do clube nesta quinta-feira, 12.

Ele está deixando o cargo e o Grená passará por eleições no dia 23 de setembro.

Antes disso, ele dará explicações no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sobre a contratação do atleta Yuri Ferraz, junto ao ABC-RN, após ter realizado 4 jogos pelo time potiguar na Série C do Brasileiro.

O regulamento da Série C, no entanto, diz que um jogador só pode disputar até três jogos por um time antes de se transferir para outro na mesma competição.

Depois dos 4 jogos pelo ABC, Yuri Ferraz se transferiu para o Caxias-RS, onde fez nove jogos.

Após denúncia do Sampaio Corrêa, o STJD abriu inquérito para apurar se houve irregularidade cometida pelo time gaúcho.

O presidente do Caxias-RS irá dar a sua versão sobre a contratação do atleta e viajará juntamente com membros do Departamento Jurídico do clube, com o vice de futebol Paulo César Santos e com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman.

Eles serão ouvidos nesta quinta-feira, 12, pela Procuradoria Geral do STJD, que também convocou para dar mais explicações sobre o caso, o ABC e a própria CBF.

Depois de ouvir todos os lados, a procuradoria decidirá se encaminha uma denúncia oficial da situação e o Caxias vai para julgamento, ou arquiva o caso.

O Caxias-RS até admite que colocou o jogador para atuar, após disputar 4 jogos pelo ABC, mas que o erro foi cometido pela arbitragem ao trocar os nomes na súmula do jogo ABC x Athletic-MG, em vez de colocar Yuri Ferraz colocou Ruan, que não chegou a entrar e assim, nos documentos oficiais o jogador Yuri tem apenas três jogos e é nisso que o Caxias aposta para que o inquérito seja arquivado.

No entanto, imagens obtidas pelo Jurídico do Sampaio comprovam que o jogador Yuri Ferraz foi utilizado em 4 jogos, o que feriria o regulamento da Série C.

Caso seja denunciado e punido, o Caxias poderia perder até 27 pontos e assim estaria rebaixado para Série D do Brasileiro, no lugar do Sampaio, que assim, permaneceria na Série C do Brasileiro.

Se o STJD entender – conforme é o pensamento do Sampaio – de que o clube gaúcho deveria ter tomado outras medidas além da verificação da súmula dos jogos – o processo poderá ser aberto.

Um caso com semelhanças foi registrado pelo STJD há dois anos.

Na oportunidade, o atleta Paulo Rangel atuou de forma que feriria o regulamento da Série C, pelo Altos do Piauí.

Porém, por erro da arbitragem, o atacante ex-Moto Club não foi citado em súmula, o que também aconteceu no caso Yuri Ferraz e que gerou a citação do atleta em apenas três oportunidades com a camisa do ABC, seu ex-clube. Na oportunidade, o Altos não foi punido.

No entanto, o entendimento do Sampaio é de que são casos opostos e que a decisão deve ser contra o Caxias, pela negligência na ausência da tomada de precauções para evitar a infração e o uso do atleta de forma irregular.

Após a abertura do inquérito, o prazo é de 15 dias para ouvir as partes e mais 15 para encaminhar o posicionamento para a procuradoria, que decidirá pela denúncia ou arquivamento.

2 thoughts on “Presidente do Caxias-RS depõe no STJD sobre denúncia do Sampaio Corrêa

  1. Deveria ter uma investigação contra o ABC, pois, não é a primeira vez que isso acontece com jogadores do ABC de não aparecer o nome do jogador na súmula. Já aconteceu com o Paulo Rangel quando foi contratado pelo Altos do Piauí e também não foi colocado o seu nome na súmula constando no quarto jogo pelo ABC, se aproveitou da situação de desorganização da arbitragem e CBF pra vender o jogador e não ter responsabilidade nenhuma.
    A CBF tem que investigar o ABC e punir com perdas de pontos também pela má fé na venda do jogador que sabia já ter sido usado por quatro jogos.

  2. Na Constituição Federal do Brasil diz que “Quem usa de má fé em benefício próprio ou de terceiros, comete crime e deve ser punido”.
    Investigação contra o ABC e punição de perdas de pontos também pela sua má fé na venda do jogador Yuri para o Caxias.

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