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Partido do presidente Lula não venceu em nenhuma das maiores cidades da região, e foi para o segundo turno em apenas duas capitais

A análise dos vencedores das eleições nos três maiores colégios eleitorais dos nove estados nordestinos expõe um quadro preocupante para o PT.

Nas eleições das 27 maiores cidades da região, vinte foram resolvidas no primeiro turno e o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não venceu em nenhuma – dezesseis municípios elegeram prefeitos de partidos de direita, três ficaram com as legendas centristas MDB e Solidariedade e a esquerda levou apenas a capital pernambucana, com João Campos, do PSB (veja abaixo).

Nos embates de segundo turno, o Partido dos Trabalhadores ainda tem chances nas duas maiores cidades do Ceará — Fortaleza e Caucaia — e na capital do Rio Grande do Norte, Natal.

Dois candidatos de direita se enfrentam em João Pessoa e em Imperatriz (MA).

A esquerda ainda disputa em Aracaju com o PDT e em Campina Grande com o PSB.

Para o cientista político Murilo Medeiros, da Universidade de Brasília (UnB), o cenário é difícil para o PT na região, inclusive, dentro da sua própria ala ideológica, onde o PSB começa a emergir como uma força predominante, pelo menos no número de prefeituras conquistadas.

“Temos um cenário mais sombrio com o enfraquecimento de legendas de esquerda na configuração municipal, sobretudo do PT, inclusive em regiões historicamente comandadas pelo partido, como o Nordeste”, analisou.

“Diante do predomínio histórico das últimas quatro eleições gerais no Brasil, há um desgaste natural dos partidos de esquerda na região, que inclusive perderam conexão com pautas caras da sociedade brasileira, como a segurança pública. Várias capitais do Nordeste enfrentam problemas nesta área”, explicou.

Eleições nos principais colégios eleitorais do Nordeste:

  • SERGIPE

Aracaju – Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT) disputam o segundo turno

Nossa Senhora do Socorro – Dr. Samuel (Cidadania) eleito

Itabaiana – Valmir de Francisquinho (PL) eleito

  • BAHIA

Salvador – Bruno Reis (União Brasil) eleito

Feira de Santana – José Ronaldo (União Brasil) eleito

Vitória da Conquista – Sheila Lemos (União Brasil) eleita

  • ALAGOAS

Maceió – João Henrique Caldas (PL) eleito

Aapiraca – Luciano Barbosa (MDB) eleito

Rio Largo – Carlos Gonçalves (PP) eleito

  • PERNAMBUCO

Recife – João Campos (PSB) eleito

Jaboatão dos Guararapes – Mano Medeiros (PL) eleito

Petrolina – Simão Durando (União Brasil) eleito

  • PARAÍBA

João Pessoa – Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) disputam o segundo turno

Campina Grande – Bruno Cunha (União Brasil) e Dr Jhony (PSB) disputam o segundo turno

Santa Rita – Jackson (PP) eleito

  • RIO GRANDE DO NORTE

Natal – Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT) disputam o segundo turno

Mossoró – Allyson (União Brasil) eleito

Parnamirim – Professora Nilda (Solidariedade) eleita

  • CEARÁ

Fortaleza – André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) disputam o segundo turno

Caucaia – Naumi Amorim (PSD) e Catanho (PT) disputam o segundo turno

Juazeiro do Norte – Gledson Bezerra (Podemos) eleito

  • PIAUÍ

Teresina – Silvio Mendes (União Brasil) eleito

Parnaiba – Novo Francisco (PP) eleito

Picos – Dr. Pablo Santos (MDB) eleito

  • MARANHÃO

São Luis – Eduardo Braide (PSD) eleito

Imperatriz – Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos) disputam o segundo turno

São José de Ribamar – Dr. Julinho (Podemos) eleito

*Por Ramiro Brites (Veja)

One thought on “O número que mostra como o PT derreteu no Nordeste na eleição de 2024

  1. O povo começou a constatar que o PT, PSol , PCdoB são partidos políticos que não disseram ao longo dos anos a que vieram. Graças à bolsa família de 90 reais, (esmola!) conseguiram eleger presidente da República. Mas viram que estavam sendo iludidos pelo discurso populista, e o Brasil está, ainda, caminhando a passos de caranguejo…
    Vejam os números que estão sendo divulgados…
    Acorda, Brasil!
    Para se ter uma ideia , o Maranhão elegeu apenas e tão somente, 2 (dois) prefeitos do PT em 2024, um vexame eleitoral…

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