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A expectativa de aumento da taxa Selic pelo Banco Central, nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), deve agravar a situação de inadimplência dos consumidores brasileiros, de acordo com analistas financeiros. Embora o valor médio das dívidas tenha caído em julho, segundo dados do Serasa, a inadimplência aumentou ligeiramente, com mais de 131 mil brasileiros entrando na lista de devedores.

Especialistas apontam que, se a Selic for elevada, as dívidas que utilizam juros variáveis, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial, se tornarão mais onerosas. Luiz Rabi, economista do Serasa Experian, alerta que uma sequência de aumentos na taxa de juros poderia levar a um desaquecimento econômico mais intenso, possivelmente resultando em recessão e aumento do desemprego.

Leticia Camargo, planejadora financeira certificada, ressalta que um aumento da Selic elevará também as taxas de empréstimo, o que pode tornar as parcelas impagáveis para muitas famílias. Mesmo que a Selic seja mantida no atual patamar, ela destaca que as taxas já são desafiadoras, e a manutenção não trará um alívio relevante para os endividados.

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