Em 29 de setembro de 1988, Raimundo Nonato Alves da Conceição, insatisfeito com a situação política e a falta de oportunidades, sequestrou o voo 375 da Vasp com a intenção de colidir com o Palácio do Planalto e assassinar o então presidente José Sarney.
O sequestrador, armado com um revólver calibre 32, matou o copiloto e forçou o comandante a alterar a rota em direção à sede do governo brasileiro. Na época, não havia aparelhos de raio-X para verificar bagagens em voos nacionais, permitindo o embarque da arma.
O piloto realizou uma manobra arriscada, desestabilizando o sequestrador, e pousou em segurança em Goiânia. O copiloto foi a única vítima fatal.
Nonato foi baleado pela Polícia Federal e morreu dias depois devido a uma infecção. O piloto Fernando Murilo de Lima e Silva foi reconhecido e premiado por sua atuação no incidente.
O episódio brasileiro de 1988 possui semelhanças com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, onde aviões foram lançados contra alvos importantes, incluindo uma tentativa fracassada de atingir a sede do Executivo.