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O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) continua trabalhando intensamente para controlar um incêndio que há 20 dias devasta a Terra Indígena Alto Turiaçu, localizada no interior do estado.

As chamas já destruíram 25 mil hectares de floresta, afetando árvores centenárias em um território com mais de 530 mil hectares, um dos últimos trechos da Floresta Amazônica no Maranhão.

Cerca de 30 homens, entre bombeiros, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e indígenas, estão envolvidos no combate ao incêndio.

As equipes enfrentam dificuldades logísticas, como a necessidade de economizar água, já que a fonte mais próxima fica a 15 km de distância.

Para acelerar os trabalhos, os combatentes têm acampado na mata e não estão retornando às aldeias para se alimentar ou descansar.

A Terra Indígena Alto Turiaçu é lar de aproximadamente 4 mil indígenas Ka’apor e 60 Awá-Guajá, sendo que parte dos Awá-Guajá vive isolada na floresta.

Além de abrigar essas populações, a área é habitat de espécies raras e ameaçadas de extinção, como a ararajuba, que só existe nessa região e em outra reserva no Pará.

A seca prolongada, com três meses sem chuvas, agravou a situação, tornando a vegetação extremamente seca e facilitando a propagação das chamas.

Qualquer faísca, segundo especialistas, pode desencadear incêndios de grandes proporções, como o que atualmente devasta a reserva.

As autoridades continuam em alerta, com a prioridade de conter as chamas e evitar que a destruição da vegetação nativa se espalhe ainda mais.

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