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O cantor e compositor Carlos Lyra, ícone da bossa nova, morreu neste sábado (16), no Rio de Janeiro, aos 90 anos. O artista, reconhecido por clássicos como “Primavera” e “Minha Namorada”, desempenhou papel fundamental no movimento da bossa nova entre 1958 e 1965, fez parcerias com grandes nomes como Vinicius de Moraes e Ronaldo Bôscoli.

Ao lado desses gigantes, Lyra colaborou para a criação de um repertório memorável, incluindo “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, “Coisa Mais Linda”, “Canção que Morre no Ar” e muitas outras, interpretadas por artistas renomados como João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina e Astrud Gilberto.

Tom Jobim, outro gigante da bossa nova, certa vez afirmou: “Carlinhos é o maior melodista da bossa nova”. Apesar de algumas divergências ideológicas e afastamentos temporários do movimento, a contribuição de Lyra foi muito significativa.

A versatilidade de Carlos Lyra era evidente em seu repertório, que incluía boleros, marchas-rancho e sambas-canções, tudo dentro do contexto da bossa nova. Sua criatividade musical foi reconhecida internacionalmente, e ele manteve uma carreira notável ao longo das décadas.

Nos anos 60, Lyra fez parte de uma geração extraordinária de compositores, se destacando ao lado de figuras como Tom Jobim, Nino Rota e Michel Legrand. Seu legado musical persistiu mesmo após a mudança de cenário musical nos anos 70.

Carlos Lyra também explorou outros campos, como a astrologia sideral, e escreveu um livro a respeito. Além disso, em 2010, compôs quase 20 canções para o musical “Era no Tempo do Rei”, evidenciando sua vitalidade criativa.

O cenário musical perde não apenas um grande nome, mas um dos mestres fundamentais da bossa nova, que deixará uma marca inesquecível na história da música brasileira.

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