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A esporotricose é uma doença transmitida por gatos e está se disseminando de forma preocupante de acordo com o infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia da SBI e professor da Universidade Federal do Paraná. A enfermidade não se limita a gatos; cães e seres humanos também podem ser afetados. Importante destacar que os gatos não são os culpados, mas sim vítimas.

A transmissão ocorre por meio de mordidas, arranhões e contato com lesões de gatos infectados. Eles carregam o fungo nas garras, saliva e sangue. O fungo Sporothrix schenckii também pode ser uma fonte, mas em menor escala e está diminuindo no país, afetando principalmente agricultores e trabalhadores rurais.

Os casos da doença vêm aumentando em diversas regiões, incluindo São Paulo, onde houve um aumento de 40% nos casos de janeiro a setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Paraná registrou um aumento significativo nos casos tanto em seres humanos quanto em animais.

Embora o problema seja reconhecido como um grave problema de saúde pública, a esporotricose não é de notificação compulsória, dificultando o controle. O Ministério da Saúde fornece tratamento apenas para seres humanos, e os estados têm autonomia para notificar ou não casos em animais.

Para controlar a doença, o infectologista Flávio Telles recomenda medidas como castração, impedir o acesso dos gatos às ruas, tratamento de animais infectados e a não prática de abandono. É essencial conscientizar que os gatos não são culpados e não devem ser maltratados.

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