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Kátyna Baía e Jeanne Paollini celebram liberdade em restaurante após deixarem prisão na Alemanha, onde ficaram detidas por um mês – Alexandre Vidal Porto

O cônsul do Brasil em Frankfurt, Alexandre Vidal Porto, revelou à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que o primeiro relatório do consulado do Brasil em Frankfurt sobre a prisão das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini já indicava à Polícia Federal a necessidade de investigar o caso. Segundo ele, a inocência do casal era “patente” desde o início e o caso divergia de padrões de tráfico internacional.

As brasileiras foram visitaras pela equipe do consulado três dias após a detenção, sob a acusação falsa de tráfico internacional de drogas, no dia 5 de março.

Conforme Porto, normalmente, em casos deste tipo, é comum que os suspeitos neguem envolvimento no momento da detenção, mas depois, já na prisão, demonstrem arrependimento. “Kátyna e Jeanne foram muito firmes sobre a inocência delas”, enfatizou.

As duas foram soltas na terça-feira, 11, depois de mais de um mês recolhidas em um presídio feminino. “Já sabíamos que não faltava muito [para elas serem liberadas], mas foi um dia muito incerto”, lembra o Cônsul sobre o momento que recebeu a ligação com a notícia. “Eu não tinha acesso direto à Justiça alemã e dependia de intermediários para ter informações”. Ele afirmou que não  sabia se as provas que estavam faltando já tinham chegado às autoridades locais.

A Bergamo, Vidal Porto disse que foi buscar a família das brasileiras no aeroporto, enquanto outra equipe foi receber o casal na saída do presídio. O cônsul decidiu que Kátyna e Jeanne fossem levadas ao seu apartamento, onde o reencontro ocorreu.

“Pensei: ‘Não vou tirar elas da prisão para recebê-las em uma repartição [no consulado]. Elas vão se sentir acarinhadas [na minha casa]. Tenho um cachorro, a Jeanne é veterinária, e tinha um rocambole super gostoso”, disse.

O encontro com a família, segundo Porto, foi marcado por abraços e muita emoção. “Tomamos uma cerveja e saímos para jantar”. Ele compartilhou uma fotografia da noite nas redes sociais, celebrando a ocasião.

“As duas bateram um pratão de cotoletta milanese [bife à milanesa]. Foi uma chuva de carinho e amor”, celebra. O cônsul disse que recebeu ligações de políticos de diferentes espectros ideológicos preocupados com o caso. “É gratificante ser parte da correção de uma injustiça”,

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