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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (25) a Operação Discalculia, com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de cota parlamentar envolvendo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e seus assessores. A ação apura também a criação fraudulenta de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), utilizando documentos falsificados.

A operação mobilizou cerca de 60 agentes que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As buscas foram realizadas em diversos locais, incluindo a residência de Gayer, seu gabinete em Brasília, e nas cidades goianas de Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia.

Gayer, após a operação, usou suas redes sociais para contestar a ação, direcionando críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e acusando a Polícia Federal de abuso. Em vídeo, o deputado afirmou que não entende os motivos da busca e sugeriu uma tentativa de prejudicar a campanha de Fred Rodrigues, candidato apoiado por ele nas eleições que se aproximam. “Vieram à minha casa, levaram meu celular e HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país”, declarou.

Os crimes investigados pela PF incluem associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato-desvio. A operação recebeu o nome de “Discalculia”, um transtorno de aprendizagem relacionado a dificuldades com números, devido à suposta adulteração de datas na Ata de Assembleia da Oscip investigada. A ata teria sido falsificada com data de 2003, listando como membros fundadores pessoas que, à época, eram crianças entre 1 e 9 anos, levantando suspeitas sobre a autenticidade do documento.

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