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O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, informou ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que espera do X (antigo Twitter) novas tentativas de burlar decisões judiciais no Brasil. Segundo Baigorri, a postura do bilionário Elon Musk, proprietário da rede social, tem sido comparada a “comportamento de pirata”, utilizando artimanhas para evitar que a plataforma seja bloqueada no país.

Elon Musk, dono do X – Mike Segar/Reuters

Após a ordem de bloqueio emitida por Moraes em 30 de agosto, motivada pelo descumprimento contínuo de decisões judiciais relacionadas à remoção de conteúdos criminosos, a plataforma X encontrou meios para retomar suas operações por meio do Cloudflare, um serviço que disfarça a origem das conexões, semelhante a uma VPN. Baigorri revelou que a Anatel precisou acionar a sede da Cloudflare nos Estados Unidos, esclarecendo que os clientes da empresa no Brasil seriam desconectados caso não fornecessem os endereços IP usados pelo X.

Em resposta, a Cloudflare colaborou e entregou as informações necessárias à Anatel. No entanto, Baigorri acredita que, dado o histórico de Musk, é provável que novas táticas sejam empregadas para contornar a decisão judicial que determinou o bloqueio do site no Brasil. Em uma provocação nas redes sociais, Musk afirmou que “qualquer magia suficientemente avançada é indistinguível da tecnologia”, sugerindo que a volta do X ao país seria algo inevitável.

Além do bloqueio do X, as contas da empresa de satélites Starlink, também pertencente a Musk, foram bloqueadas por ordem de Moraes. A autorização para que a plataforma X retome suas operações de forma legal no Brasil depende do cumprimento das ordens judiciais, do pagamento das multas aplicadas e da indicação de um representante legal da empresa no país.

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