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A Polícia Federal (PF) finalizou uma investigação que vincula o ex-presidente Jair Bolsonaro a um esquema para desviar mais de R$ 6,8 milhões em presentes de alto valor, incluindo esculturas, joias e relógios, recebidos de países estrangeiros durante seu mandato presidencial. O relatório inicialmente mencionou um valor de R$ 25 milhões, mas a PF esclareceu que houve um erro material, corrigindo para R$ 6,8 milhões em conclusões subsequentes.

De acordo com o documento, Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas por crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O relatório, que possui 476 páginas, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e teve seu sigilo derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (8).

A investigação apontou que os presentes recebidos por Bolsonaro eram desviados para posterior venda no exterior, com o dinheiro resultante sendo convertido em espécie e integrado ao patrimônio pessoal do ex-presidente por meio de terceiros e fora do sistema bancário formal, visando ocultar a origem e a propriedade dos valores.

O relatório destacou que parte dos recursos obtidos com as vendas ilegais poderia ter sido utilizada para custear despesas pessoais de Bolsonaro e sua família durante sua estadia nos Estados Unidos após deixar a Presidência.

Entre os itens investigados estão conjuntos de joias de marcas renomadas como Chopard e Rolex, além de esculturas de valor significativo, recebidos em viagens oficiais internacionais.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar agora o relatório para decidir sobre a possibilidade de arquivamento do caso ou a apresentação de denúncia contra os indiciados.

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