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Com a visão de fortalecer a infraestrutura de saúde e reduzir a dependência externa de insumos e equipamentos, o setor privado planeja investir cerca de R$ 23 bilhões na área até 2026. A iniciativa é apoiada pelo governo federal, que busca por parcerias público-privadas para impulsionar a produção interna de matérias-primas essenciais. O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destaca a importância desse investimento para o crescimento do setor industrial da saúde no Brasil.

A substituição das importações de insumos farmacêuticos, como os necessários para a produção de vacinas, é vista como uma oportunidade não apenas para reduzir custos, mas para impulsionar a criação de empregos de alta qualidade. O economista Jose Luis Oreiro ressalta que a produção interna desses insumos contribuirá não apenas para a economia, mas também para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores.

O governo federal, por meio da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, planeja investir R$ 42 bilhões até 2026. O objetivo é expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), reduzindo a dependência de insumos e produtos estrangeiros. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca a importância de criar um ambiente institucional que favoreça o investimento, a inovação e a geração de empregos.

O setor privado se compromete com aproximadamente R$ 23 bilhões, enquanto o governo conta com R$ 9 bilhões pelo Novo PAC, além de R$ 6 bilhões do BNDES e R$ 4 bilhões da Finep. Essa colaboração público-privada visa alcançar a meta de 70% de produção local no setor de saúde, reduzindo o déficit comercial em 80% ao longo de 10 anos. Atualmente, mais de 90% da matéria-prima para insumos farmacêuticos é importada, e o governo espera reverter esse cenário com o apoio do setor privado.

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