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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decretou o bloqueio de R$ 835 mil do ministro das Comunicações Juscelino Filho para, segundo ele, possibilitar a recuperação de valores supostamente desviados da Codevasf, estatal comandada pelo Centrão.

Nesta sexta-feira, 1, a Polícia Federal deflagrou operação para apurar supostos desvios de uma emenda parlamentar destinada por Juscelino à Prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, que tem o comando de comando de Luanna Rezende, irmã do ministro.

Juscelino não foi alvo de busca e apreensão, mas Barroso considerou haver indícios suficientes para justificar o bloqueio.

O valor do bloqueio de bens se baseou no prejuízo detectado pela própria Codevasf na obra realizada em Vitorino Freire. A emenda parlamentar tinha valor de R$ 1,5 milhão e repassou valores via Codevasf para a prefeitura da irmã do ministro. O objeto do contrato era a execução de pavimentação asfáltica.

A ordem de bloqueio de bens também atinge outros investigados do caso, como a prefeita Luanna Rezende (que foi afastada do cargo), a empreiteira Construservice (responsável pela obra) e o empresário Eduardo José Barros Costa. O bloqueio deve atingir bens imóveis e ativos financeiros dos acusados.

Defesa de Juscelino – A defesa do ministro afirmou, em nota, que sua atuação “tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população”. “É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades”, afirmam os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. (Com UOL)

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