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A inovação é a chave para impulsionar a produtividade na indústria, de acordo com o professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Maróstica. Ele observa que a desaceleração da produtividade é uma tendência global e afeta o Brasil. A crescente adoção de inteligência artificial e a chegada de fábricas autônomas, conhecidas como dark factories, são desafios que a indústria enfrenta. Para recuperar a produtividade, Maróstica argumenta que o Brasil precisa investir em automação, melhoria de processos e inovação.

Uma das propostas para estimular a inovação é a alteração da Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). O projeto de lei 4944/20, em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe permitir que as empresas utilizem o saldo dos gastos com pesquisa tecnológica nos anos seguintes.

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) destaca também o anúncio de investimentos do governo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai apoiar o financiamento da indústria brasileira, incluindo pesquisa e inovação. Além disso, a medida provisória 1147/2022, sancionada como a lei 14592/2023, prevê juros mais baixos para operações de crédito do BNDES voltadas à inovação e digitalização.

A produtividade da indústria brasileira caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2022, com uma queda de 2,8%. Isso se deve em parte à falta de matérias-primas, que aumentou os custos e dificultou a produtividade. A pesquisa da CNI também compara a produtividade brasileira com a de seus principais parceiros comerciais e mostra uma queda de 9% entre 2019 e 2021. Isso reflete o desempenho abaixo da média do Brasil em comparação com seus parceiros comerciais.

A produtividade efetiva da indústria brasileira acumula uma queda de 23% desde 2000, de acordo com a pesquisa da CNI. Isso destaca a importância de medidas para impulsionar a inovação e melhorar a competitividade da indústria brasileira.

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